A CPI do Crime Organizado no Senado ouve nesta terça-feira o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. É o primeiro depoimento de um convidado à comissão de inquérito, instalada na esteira da megaoperação das forças policiais do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão, na última semana de outubro.
O convite para ouvir Rodrigues é de autoria do relator da CPI, Alessandro Vieira (MDB-SE), que argumentou, no documento, que o “enfrentamento eficaz” do crime organizado “não é tarefa de
um único órgão, mas exige uma atuação coordenada, sinérgica e robusta de múltiplas esferas do Poder Executivo”.
Para Vieira, essa atuação deve abranger desde a inteligência estratégica até a repressão qualificada e o controle do sistema prisional.
“O crime organizado moderno atua em diversas frentes: tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, contrabando, descaminho e infiltração em setores da economia e do próprio Estado”, escreveu o emedebista.
Nesse contexto, afirmou ele, a contribuição de autoridades federais – entre elas, o diretor-geral da PF – é “imprescindível” para a CPI construir um “diagnóstico fidedigno da ameaça e avaliar a eficácia das políticas públicas em vigor”.