Corregedor da Câmara, o deputado Diego Coronel se reunirá com o presidente da Casa, Hugo Motta, para tratar das punições aos parlamentares que ocuparam o plenário entre terça e quarta-feira em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Ele também deve procurar outros integrantes da Mesa Diretora.
Antes mesmo da desmobilização da rebelião, que obstruiu os trabalhos da Câmara por dois dias, Motta havia acenado para a possibilidade de suspender os mandatos daqueles que aderiram ao motim.
Em reunião da Mesa Diretora, Motta e os demais integrantes da direção da Casa encaminharam à Corregedoria denúncias contra 14 parlamentares bolsonaristas para que Coronel faça um parecer sugerindo eventuais punições para os deputados envolvidos.
Com 48 horas para fazer a análise, o corregedor deve entregar na quarta-feira o parecer com as sugestões de eventuais punições.
Depois disso, a Mesa voltará a se reunir para despachar as decisões ao Conselho de Ética, que dará a palavra final sobre possíveis suspensões de mandato.
Aliados de Motta defendem que parlamentares que se envolveram na rebelião sejam punidos para inibir outras mobilizações desta natureza e para que o presidente da Câmara reafirme a sua liderança. Nos bastidores, há a leitura de que o paraibano saiu desmoralizado da crise.
O corregedor também deve analisar uma provocação encaminhada pelo PL, que solicita a suspensão de mandato da deputada Camila Jara, acusada de ter agredido Nikolas Ferreira nos minutos finais da rebelião.
