Levantar 1,3 trilhão de dólares por ano é o grande desafio da COP30 para que as metas climáticas do Acordo de Paris sejam aceleradas, com ações impactantes que mudem de fato a realidade do aquecimento global. Para que a necessidade não tire o foco da importância da ciência nessa missão, pela primeira vez na história das COPs, foi montado um Pavilhão de Ciência Planetária, na Zona Azul, que reúne os participantes oficiais do evento. O espaço sediará painéis de especialistas, mesas-redondas e lançamentos de documentos de política pública. O pavilhão é co-presidido por Johan Rockström, diretor do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, e Carlos Nobre, Planetary Guardian e co-presidente do Painel Científico para a Amazônia.
Ao colocar a ciência na Zona Azul, a presidência da COP30 transmite a compreensão de um sistema integrado, entre natureza, clima e sociedade. A saúde do homem não pode ser mais vista separadamente da saúde do planeta. A Presidência da COP30 mandatou o Pavilhão da Ciência Planetária como pedra angular de sua visão. O espaço materializa a convicção da organização do evento de que a ciência deve estar no centro de todas as decisões planetárias.“O pavilhão reúne pessoas e saberes científicos de todo o mundo, além de integrar outros sistemas de conhecimento, como o indígena e o local. Teremos um dia dedicado à Amazônia e outro à biodiversidade, reforçando como esses temas são centrais em uma COP do clima”, Marina Hirota, que atua tanto no comitê de programação do Pavilhão quanto no conselho científico da COP3
O pavilhão vai abrigar uma programação intens de palestras. A abertura oficial aconteceu nesta segunda-feira, às 17h, seguido do lançamento do livro A Era da Natureza ( Beocming Nature Positive). “A ciência deve guiar nosso caminho para um planeta habitável. A COP30 será a COP da verdade, onde evidência, integridade e cooperação moldarão cada decisão que tomamos pelo futuro da humanidade”, diz Ana Toni, CEO da COP30