A empresários de São Paulo, Flávio Bolsonaro se apresentou, nesta semana, como um “Bolsonaro moderado” e diferente do pai.
Quando falou de Tarcísio de Freitas, no entanto, disse que o governador paulista não serve como candidato porque não defende os mesmos valores e bandeiras de Bolsonaro.
Flávio, como se vê, jura que é diferente, mas se orgulha de ser igual.
Essa contradição deve ser amplamente explorada por Lula na corrida eleitoral. O petista já anunciou que fará uma campanha ancorada na comparação com “Bolsonaro”. Vai martelar que o filho não tem nada de novo em relação ao pai.
A leitura é de que a candidatura de Flávio oferece essa janela para explorar tudo o que foi a aventura bolsonarista no poder — uma repetição do que foi 2022, pelo menos na lógica petista.
Em tempo, ainda na conversa com empresários, Flávio disse que o “jogo da Magnitsky” contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não acabou. As sanções podem voltar, segundo ele. É esse tipo de “bandeira” que passa de pai para filho que Lula espera explorar.