O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social, registrou em maio um déficit primário de 40,6 bilhões de reais, revertendo o resultado que havia ficado positivo, 17,8 bilhões de reais, em abril. Na comparação com maio de 2024, quando as contas ficaram negativas em 60,4 bilhões de reais, houve uma redução real do déficit, já considerando a inflação, de 36%. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 26, pelo Tesouro.
O resultado vem de uma receita líquida total que somou 178,7 bilhões de reais no mês – 2,8% superior que um ano antes – e despesas que foram a 219,4 bilhões de reais, numa redução de 7,6% na comparação com maio de 2024. As variações já descontam a inflação do período.
Considerado o acumulado entre janeiro e maio, o resultado ficou positivo em 32,2 bilhões de reais,revertendo um déficit que tinha sido de 28,7 bilhões de reais nos mesmos meses em 2024.
O resultado primário aponta em quanto as despesas do governo ficaram maiores ou menores do que as receitas. Quando os gastos ficam dentro do arrecadado, há superávit, e quando ultrapassam a arrecadação há déficit. A meta fiscal para o ano é de déficit zero, ou seja, de entregar despesas e receitas em equilíbrio, com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos. Isto permite, para 2025, um déficit de até 31 bilhões de reais ao fim do ano.