O Flamengo enfrenta nesta quarta, 10, às 14h (horário de Brasília) o Cruz Azul pelas quartas de final do Intercontinental. O adversário do campeão da Libertadores venceu a Copa dos Campeões da Concacaf pela sétima vez e chega com retrospecto positivo contra o Rubro-negro.
O clube foi fundado por trabalhadores da fábrica de cimento Cruz Azul, depois de anos jogando beisebol e futebol nas horas vagas . Em 22 de maio de 1927, os operários oficializaram a sociedade Cooperativa La Cruz Azul na cidade industrial de Jasso, em Hidalgo, e decidiram focar na modalidade com os pés ao invés do taco e da luva.
Segundo a lenda local, as cores azul, branco e vermelho homenageiam a bandeira britânica, pois o patrocinador da cimenteira era o inglês Henry Gibbon desde 1881. Um dos apelidos da equipe “Los cementeros” também relembra a origem industrial do clube.
O time se profissionalizou em 1961 e competiu na segunda divisão mexicana. Depois de conquistar o título na temporada de 1963/64, subiu à elite e segue como uma de apenas três equipes atuando há mais de 50 anos sem ter sido rebaixado, junto do Toluca e do Pumas. O Estádio 10 de Diciembre também se tornou a primeira casa do Cruz Azul na divisão principal.
Retrospecto com brasileiros
O Cruz Azul também jogou a Libertadores em três ocasiões, quando times da Concacaf tinham vagas garantidas no continental sul-americano, mas a participação foi encerrada em 2016. Em suas três participações, cruzou com três brasileiros na competição: empatou e ganhou do São Caetano na primeira fase em 2001, perdeu para o Santos no agregado das quartas de final em 2003 e empatou e perdeu para o Corinthians na fase de grupos em 2012. Em sua primeira participação, chegou a final do torneio, no entanto, foi derrotado nos pênaltis para o Boca Juniors.
Contra o Flamengo, o Cruz Azul também tem histórico, e sem derrotas diante do Rubro-negro. As equipes se enfrentaram pela primeira vez no Torneio Juarez em 1985, e após empate de 2 a 2 no tempo normal, “La Máquina” venceu por 9 a 8 nas penalidades. No mesmo ano, no Torneio Quadrangular Rosa de Ouro, os mexicanos voltaram a vencer os cariocas, dessa vez por 2 a 0. O último embate foi em 1987, no Torneio Azteca, novamente com vitória dos celestes por 1 a 0.
Como chega para enfrentar o Flamengo
Para o novo encontro no Intercontinental, o Cruz Azul ostenta uma estante repleta de troféus. São sete Copa do Campeões da Concacaf, quatro Campeón de Campeones mexicano, nove títulos nacionais, outros quatro da Taça do México, uma Supercopa e uma Leagues Cup.
A “Celeste”, em referência a cor azul da equipe, hoje manda jogos no Estádio de la Ciudad de los Deportes, depois de jogar por anos no estádio Azteca, palco da estreia da Copa do Mundo de 2026, e do título de 1970 do Brasil.

Seguindo o calendário europeu, o Cruz Azul chega para o Intercontinental tendo disputado 53 jogos, enquanto o Rubro-negro chega com 75 jogos. Mas o time mexicano vem cansado da eliminação na semifinal do Torneio Apertura, no domingo, 7, mesmo dia em que o Flamengo entrou em campo com o time reserva pela última rodada o Brasileirão e os titulares chegavam no Catar. A classificação dos Cementeros para a competição internacional foi conquistada ainda em junho, com o título da Copa dos Campeões. No campeonato mexicano, está em terceiro lugar na tabela.
Os centroavantes Ángel Sepúlveda e Gabriel Fernandez lideram a artilharia da equipe, com sete gols cada, enquanto o meia José Paradela tem cinco assistências. O técnico argentino Nicolás Larcamón é conhecido do futebol brasileiro com breve passagem pelo comando do Cruzeiro por 14 jogos, de janeiro a abril de 2024.
Flamengo e Cruz Azul jogam pelas quartas de final do Intercontinental nesta quarta, 10, às 14h (horário de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali no Catar. O vencedor encara o Pyramids, do Egito, na semifinal. O campeão da Champions League, Paris Saint-Germain já está na final.