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Conheça o brasileiro que vai concorrer ao melhor chocolatier do mundo

O Brasil já tem um lugar na final mundial do World Chocolate Master, considerado o Oscar da chocolateria, e um dos prêmios mais importantes da gastronomia. No desafio de feras internacionais, que acontece no ano que vem, um brasileiro já garantiu seu lugar. Natural de Limeira, interior de São Paulo, Abner Ivan, de 36 anos, ganhou as seletivas da América Latina, para o concurso, avalia desde técnicas artesanais refinadas, esculturas em chocolate e bombons, até apresentação, originalidade e expressão criativa. Para expressar tudo isso, os participantes precisam ter conhecimento profundo sobre o comportamento do cacau, além de prática.

A etapa latino-americana foi realizada em São Paulo, no início do mês. Quatro participantes –um argentino, um colombiano e dois brasileiros –tiveram nove horas para realizar 5 tarefas desafiadoras. “Criatividade conta muito, mas quem erra menos tem mais chances”, disse Abner Ivan, à Veja. O tema deste ano é “play”. Antes de começar, os candidatos fizeram uma sustentação oral sobre os conceitos que usariam como base das criações a serem apresentadas. Ivan aproveitou para trazer para mesa uma outra paixão, a arte urbana. Antes de enveredar pelo mundo do chocolate, ainda na adolescência, o chef era dançarino de hip-hop. A paixão pelo chocolate veio sem querer, quando começou a trabalhar em uma padaria, e se encantou pela confeitaria e mais ainda pelo chocolate.

escultura de chocolate de Abner Ivan
Escultura de Ivan, de chocolate realizada na etapa da América Latina: dançarino de breakdance em giro de cabeçaAbner Ivan/Divulgação

O concurso pedia que a apresentação de um doce para compartilhar, que deveriam ser feitos do zero, na frente dos jurados. Depois tiveram que fazer bombons, uma escultura e um doce fresco. “Foram nove horas, sem interrupção”, conta Ivan. O ponto mais alto da produção dele foi a escultura, um dançarino de breakdance, fazendo um headspin (em inglês, “giro com a cabeça”, mas apoiada no chão). O boneco de chocolate tinha uma engrenagem na base que dava movimento à escultura.

O título de Ivan leva o Brasil para o pódio, o que dá mais visibilidade ao chocolate brasileiro. Isso é bom para toda cadeia. Mas para a vida do artista já trouxe, mais visibilidade e muito provavelmente, em breve, mais patrocínio. Para estar na prova, ele teve de tirar dinheiro do próprio bolso. “Os amigos até ajudaram, mas a maior parte tive que providenciar”. Ivan mora em Limeira, onde dá cursos presenciais e on-line, além de participar de grandes eventos Brasil a fora.

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Leia:

+https://veja.abril.com.br/mundo/governo-do-mexico-lanca-propria-marca-de-chocolate-para-promover-bem-estar/

+https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/a-gente-vem-passando-pela-decadencia-na-qualidade-do-chocolate-no-brasil/

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