Diz a sabedoria popular que é preciso escolher as batalhas. Não parece ser essa a estratégia de Donald Trump. O presidente americano deixou a reunião do G7 mais cedo, e um dos motivos seria a escalada da guerra entre Israel e Irã.
Os Estados Unidos vinham negociando com Teerã um acordo para pôr fim ao embargo que pesa sobre o país, que tem armas nucleares. Se fechado, ele liberaria mais petróleo no mundo e baixaria o preço do combustível. Agora, ocorre o oposto. A commodity avança nesta terça e se sustenta na casa dos US$ 74 por barril, o que pode ter impacto sobre a inflação global.
Agora, Trump diz que deixou o encontro por razões muito maiores que um cessar-fogo no Oriente Médio. E, de quebra, voltou a falar de outra guerra – a comercial. Em declarações recentes, ele reclamou que União Europeia e Japão não estão entregando propostas que ele considere interessantes para os EUA. O prazo final do adiamento das tarifas expira em 8 de julho.
O resultado é que os futuros das bolsas americanas começam a terça-feira em baixa, e arrastam junto as bolsas europeias. Na Ásia, as ações chinesas também fecharam em baixa.
No Brasil, as atenções seguem voltadas a um outro tipo de conflito: a disputa entre o governo e o Congresso sobre o aumento do IOF e qual é a solução para o Orçamento do país. A partir de 12h, os parlamentares devem derrubar decretos do presidente Lula. Com os ânimos inflamados, a Faria Lima não deve perceber que a agenda é de indicadores fracos.
Agenda do dia
5h: AIE divulga relatório mensal de petróleo
6h: Alemanha publica índice ZEW de expectativas econômicas de junho
9h30: EUA anunciam vendas no varejo de maio
10h: ANP realiza leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente, que tem como um dos lotes o bloco da Foz do Amazonas
10h15: EUA divulgam produção industrial de maio
12h: Congresso se reúne para analisar vetos presidenciais
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