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Como será o encontro entre Alexandre de Moraes e Cláudio Castro no Rio

Na próxima segunda-feira, 3, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes irá ao Rio de Janeiro para audiências com o governador fluminense Cláudio Castro (PL) e outros agentes públicos que atuam na área da segurança.

O encontro, diferente do que é praxe no encontro entre autoridades, não será no Palácio Guanabara, sede do governo, e sim no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no bairro de Cidade Nova, zona sul da capital fluminense. Deputados e vereadores também foram recebidos lá pelo governador na última quinta, 30.

O tema da audiência de Castro com Moraes é como o estado do Rio está ou não cumprindo o que foi determinado no julgamento da ADPF das Favelas, diante da operação sangrenta contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 117 mortos — mais do que o massacre do Carandiru, em São Paulo. O relator dessa ação era o ministro Edson Fachin, mas, como ele foi para a presidência do STF, o caso foi redistribuído e Moraes foi sorteado relator.

Vale lembrar que, antes de tornar ministro do Supremo, Moraes foi secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin em São Paulo (em 2014) e ministro da Justiça e da Segurança Pública de Michel Temer (em 2016).

Na audiência com o governador Claudio Castro estará presente toda a sua cúpula da segurança: o secretário estadual da pasta, Victor Santos, o comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira e o delegado-geral da Polícia Civil, Felipe Curi. Segundo a assessoria de imprensa do STF, a previsão é de que essa e as demais audiências aconteçam a portas fechadas.

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Depois desse primeiro encontro com Castro, agendado para as 11h, Moraes terá audiências com o presidente do TJ-RJ (13h30), com o procurador de Justiça do Rio (15h) e com o defensor público-geral (16h30).

No julgamento da ADPF das Favelas, que foi finalizado com um acordo, ficou determinado que o Rio elaboraria um plano para reduzir casos de letalidade policial. Na operação desta semana nos complexos da Penha e do Alemão inicialmente a polícia divulgou 61 mortes, porém, na madrugada de quarta-feira, 29, os moradores encontraram mais dezenas de outros corpos em uma região de mata entre as duas comunidades.

Os corpos foram dispostos em fila na rua. Equipes do Instituto Médico-Legal (IML) já identificaram 99 dos 117 corpos. A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse nesta sexta, 31, que dentre esses mortos 78 tinham “histórico criminal relevante” e 42 estavam com mandados de prisão em aberto.

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