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Como política e gastronomia se alinham no restaurante de Danielle Dahoui

Nascida em Recife (PE) e criada no Rio, a chef e restauratrice Danielle Dahoui, 56 anos, abriu o seu primeiro restaurante, o Bistrô Ruella (@bistrosruella), em 1996. Com a proposta de ser uma vila francesa no meio de São Paulo, a casa chama atenção pela comida farta, que valoriza insumos brasileiros. A empresária, que já cuidou ao todo de oito restaurantes, tem como lema “a equipe em primeiro lugar, e não o cliente”. Para ela, que já foi casada com o ex-jogador de futebol Raí, 60, com quem teve uma filha, Noáh, 20, política e gastronomia andam juntas.

“Não entendo como as pessoas ainda não enxergaram: não se faz nada sozinho. Posso ser empreendedora, ter ideias, fazer acontecer, trazer sócios e investidores, mas sou só uma pessoa. O negócio só vai funcionar se tiver uma equipe comprometida e feliz. E eles só estarão comprometidos e felizes se você respeitar uma carga horária de no máximo 7, 8 horas. Se pensar em quem mora longe ou não, quanto tempo vão demorar. Se tiverem bom seguro saúde. Isso é fundamental para que o negócio gire bem. As pessoas reclamam: ‘Ai, não consigo manter os colaboradores’. O cliente não vem em primeiro lugar, mas a equipe. E tudo é política. A gente deve conversar sobre política, com respeito pelo próximo. A nossa saúde, nosso transporte, a educação, os hospitais, a segurança, tudo depende de políticas públicas, dos políticos que elegemos. Isso está inserido no prato que vendo”.

A pauta social e o restaurante foram justamente o que a uniram com o ex-jogador da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain, irmão do também ex-jogador Sócrates. “Rai era meu cliente, mas a gente nunca tinha se encontrado. Um dia ele chegou, a gente trocou olhares, claro, aquele homem lindo, nem acreditei que ele estava me olhando, mas permaneci na minha. E… bom, foram lindos seis anos de uma história de amor maravilhosa que nos trouxe a Noáh. O amor apenas se transformou e hoje é um grande parceiro. A gente pensa muito parecido politica, social e eticamente”, elogia.

A chef criou o projeto social Casa das Chefs em Trancoso (BA), que ensina o metiê da gastronomia para mulheres cis e trans, e as coloca no mercado de trabalho. “Não somente para serem chefs de cozinha, mas para serem chefs das próprias vidas”.

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