A disputa pelo governo de Pernambuco em 2026 deverá ser polarizada entre a atual governadora, Raquel Lyra (PSD), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB). No entanto, novos movimentos de partidos como Novo e PSOL devem garantir que a competição seja mais longa do que poderia ser inicialmente.
Na noite da quinta-feira, 11, o PSOL lançou a pré-candidatura do ex-vereador Ivan Moraes ao Palácio do Campo das Princesas. Antes dela, não havia nenhuma outro concorrente ao governo do estado previsto o que levaria à possibilidade de turno único entre Raquel e Lyra. Segundo a última pesquisa Real Time Big Data, divulgada ontem, Moraes tem 3% das intenções de voto.
No mesmo levantamento, o deputado estadual Eduardo Moura (Novo) apareceu com 7% das intenções. No entanto, a candidatura dele ao governo ainda é incerta. Questionado por VEJA, ele disse o Novo deverá lançá-lo na disputa se chegar a dois dígitos nas pesquisas. “O partido vai definir se vamos para deputado federal ou governo. Com a subida dos números [na última pesquisa], de 3% para 7%, o futuro ficou indefinido”, disse.
A pesquisa da Real Time Big Data apontou que João Campos tem 55% das intenções de voto, com a possibilidade de vencer no primeiro turno, se as eleições fossem hoje, enquanto Raquel Lyra tem 28%. Interlocutores da governadora apontam que, neste momento, o desafio dela é garantir que haja segundo turno para ter mais tempo e crescer junto ao eleitorado. Nesse sentido, as candidaturas do Novo e do PSOL podem ajudá-la, retirando votos de Campos, à esquerda e à direita.
Leia aqui matéria completa sobre a pesquisa ao governo de Pernambuco.
Ivan Moraes reconhece que Campos tem uma ampla gama de apoios, do PCdoB ao União Brasil, mas diz acreditar que conseguirá movimentar o cenário com a campanha dele, já que é conhecido no estado como um dos principais representantes da esquerda.