A ofensiva brasileira sobre Miami já aparece com clareza nos números do Related Group, o maior desenvolvedor residencial da Flórida. A empresa, comandada por Jon Paul Pérez, registrou mais de 3 bilhões de dólares em vendas de condomínios apenas nos últimos três anos.
O desempenho foi puxado principalmente pelo comprador internacional. Em paralelo, o grupo administra um pipeline de mais de 12 mil unidades em desenvolvimento e um histórico acumulado superior a 100 bilhões de dólares em empreendimentos concluídos nas últimas quatro décadas, posição que o transforma no maior player imobiliário do Estado.
Do lado do mercado, o Miami Report, produzido pela ISG World, de Craig Studnicky, e distribuído em encontro em São Paulo, mostrou que o estoque de imóveis novos de alto padrão caiu 74% em dois anos, enquanto o tíquete médio de lançamentos premium em regiões como Miami Beach saltou para o equivalente a 35 mil reais por metro quadrado, patamar inédito.
Com demanda vinda de Califórnia, Nova York e América Latina — Brasil à frente — o grupo projeta crescimento na casa de dois dígitos para unidades de alto padrão em 2025. Segundo Studnicky, mais de 220 empresas do Fortune 300, 400 e 500 instalaram operações na região desde a pandemia, movimento que deve seguir alimentando a procura por residências de luxo.