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Como investir a bolada de R$ 1 bilhão da Mega da Virada

O prêmio estimado de R$ 1 bilhão da Mega-Sena da Virada, que será sorteado em 31 de dezembro, é o maior já oferecido por uma loteria no Brasil. A cifra, que não acumula e será integralmente distribuída mesmo se ninguém acertar as seis dezenas, desloca a discussão para além do consumo e do luxo imediato. Diante de um volume dessa magnitude, a principal decisão passa a ser financeira: como transformar um evento de sorte em um patrimônio sustentável ao longo do tempo.

O tamanho do prêmio não muda a natureza da decisão financeira. Não se trata mais de escolher investimentos “bons”, mas de construir um sistema de preservação de capital. Aplicado integralmente em instrumentos conservadores de renda fixa, o prêmio poderia produzir, ao longo de 2026, entre R$ 81 milhões e R$ 135 milhões líquidos. É um fluxo de renda que, isoladamente, colocaria o ganhador entre os maiores recebedores de rendimento financeiro do país.

A poupança, destino intuitivo para muitos brasileiros, aparece no fim da fila entre os investimentos mais rentáveis. Com rendimento anual estimado em 8,17%, ela geraria cerca de R$ 81,7 milhões em 12 meses, um valor voluptuoso, mas que perde eficiência frente a alternativas igualmente seguras. Os CDBs de bancos médios, remunerando 110% do CDI, lideram o ranking. Nesse cenário, o bilhão renderia aproximadamente R$ 135 milhões líquidos em um ano. Mesmo CDBs de grandes bancos, pagando 90% do CDI, entregariam mais de R$ 110 milhões no período.

Fundos DI, mesmo descontando uma taxa de administração de 0,5%, e o Tesouro Selic, ficariam próximos, com ganhos entre R$ 121 milhões e R$ 123 milhões ao ano. Todos os valores já consideram a incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, com exceção da poupança que é isenta de tributação.

A eficiência fiscal se torna crucial quando os rendimentos passam da casa das dezenas de milhões. LCIs e LCAs pós-fixadas, isentas de Imposto de Renda, equivalentes a 85% do CDI,  também aparecem como uma solução interessante: renderiam cerca de R$ 112,3 milhões em 2026, resultado comparável ao de um CDB a 100% do CDI após impostos.

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Já os títulos indexados à inflação cumprem outro papel: blindar o patrimônio contra choques macroeconômicos. Com uma taxa real próxima de 7,82% ao ano, o Tesouro IPCA+ proporcionaria rendimento líquido estimado em R$ 95,5 milhões, preservando poder de compra em um país onde a memória inflacionária nunca desaparece completamente.

 

Aplicação Taxa considerada Rendimento mensal estimado Rendimento líquido em 12 meses
Poupança 8,17% a.a. (isenta de IR) R$ 6,65 milhões R$ 81,7 milhões
CDB – banco médio 110% do CDI R$ 10,18 milhões R$ 135,2 milhões
CDB – banco grande 90% do CDI R$ 8,43 milhões R$ 110,6 milhões
Fundos DI CDI R$ 9,31 milhões R$ 122,9 milhões
Tesouro Selic Selic (considerando 13,6% ao final de 2026) R$ 9,20 milhões R$ 121,3 milhões
LCI / LCA pós-fixada 85% do CDI (isentas de IR) R$ 112,3 milhões
Tesouro IPCA+ IPCA+  7,82% ao ano R$ 95,5 milhões

 

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