Um dos destinos turísticos mais concorridos do planeta, a Itália é daqueles lugares que reúnem tudo que um viajante pode almejar: história rica, cultura ímpar, arte em profusão, paisagens espetaculares e gastronomia que dispensa apresentações. Também é inegável que seus destinos mais procurados, como o circuito Roma-Florença-Milão-Veneza e algumas cidades da Costa Amalfitana, vem sofrendo com o turismo de massa. Ao mesmo tempo que ajuda a diminuir os impactos do turismo desenfreado e atrai novos visitantes para regiões menos apinhadas de turistas, uma iniciativa criada pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália beneficia – em cheio – os descendentes de italianos ao redor do mundo.
Para quem tem antepassados italianos e sonha conhecer ou revisitar o país gastando menos e, de quebra, fortalecer os vínculos com a sua história, essa é uma bela chance. Criado em 2022 e incrementado este ano com novas ofertas de atividades, o Projeto Italea garante uma série de vantagens e condições especiais para os “turistas de raízes”. Após o cadastro, o viajante recebe um cartão digital gratuito que dá descontos em hotéis, restaurantes, museus, atividades culturais, experiências gastronômicas e até em companhias aéreas.
O site da Italea, com informações em quatro idiomas (italiano, inglês, espanhol e português), ainda fornece dicas para traçar uma árvore genealógica e indicam documentos – fotos, registros paroquiais, atestados militares –que podem dar pistas do local de nascimento dos ancestrais dos visitantes. A iniciativa, além dos benefícios concedidos aos descendentes de italianos, traz em seu site dicas de guias de turismo e de vários programas que podem ser feitos em cidades menos conhecidas, pontos menos visitados e vilarejos charmosos.
O projeto, para muitos especialistas, é a chance de o turista de raízes montar uma experiência autêntica e individualizada, conhecer o lugar de onde partiram seus antepassados italianos e experimentar um pouco mais do bel paese (belo país). “A iniciativa apoia cada etapa dessa jornada de redescoberta, desde a pesquisa histórico-familiar até a organização de experiências de viagem personalizadas”, reforçou Giovanni Maria De Vida, conselheiro do Ministério das Relações Exteriores da Itália e chefe do Projeto Italea. “Para os descendentes de italianos que vivem no exterior isso representa uma grande oportunidade ao turismo das “emoções”. Não devemos considerar esse segmento apenas como um bem econômico, mas um patrimônio que inclui relações, história e identidade”, ressaltou De Vita.
De acordo com dados das autoridades italianas, há cerca de 80 milhões de pessoas no exterior que têm origem italiana, das quais mais de 30 milhões estão no Brasil. E a boa notícia é que a emissão do Italea Card não tem qualquer relação com o processo de reconhecimento de cidadania e não há limite de grau de parentesco para participar. Na hora de preencher o formulário oficial, é preciso pôr alguns dados básicos sobre o ascendente italiano, como nome, local e data aproximada de nascimento e a cidade/província de nascimento. Os detalhes completos e atualizados estão no site www.italea.com.
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