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Como Chicago se transformou em um dos maiores destinos de Natal no mundo

Dizer que Chicago renasceu das cinzas está longe de ser uma figura de linguagem. A metrópole americana, que foi consumida pelas chamas em 1871, de fato, ressurgiu mais forte após o trágico episódio e, a cada década, se transforma em um destino ainda mais atrativo. No lugar das antigas construções de madeira, se ergueram imponentes edifícios, que deram ao local o título de “cidade dos arranha-céus” e fizeram com que ostente um dos skylines mais especiais do mundo. À arquitetura impactante se somam uma vida cultural vibrante, inúmeras opções de passeios ao ar livre, gastronomia diversificada e qualificada, além de bairros charmosos e arte por todos os lados. Mas existe alguma época em que Chicago se torna ainda mais fascinante – e reluzente?

A resposta é sim. No período de fim do ano, a partir das últimas semanas de novembro até o início do ano seguinte, Chicago se transforma em um verdadeiro cenário de filme de Natal, daqueles onde não faltam nada para despertar um clima especial e festivo entre os visitantes e deixar todos encantados. Para completar o cenário daqueles natais bem clássicos que a gente vê no cinema ou nas telas da TV, a neve dá o ar da sua graça por ali nessa época – em 2025, ela já apareceu no meio de novembro. A convite do Choose Chicago (entidade que promove o turismo local), a colunista teve a chance de vivenciar isso tudo e entender o porquê de a cidade ter sido eleita este ano, pela nona vez consecutiva, a melhor metrópole dos Estados Unidos. E ainda ser um dos principais destinos de Natal do mundo.

 

E não é só isso. Chicago já figura entre os destinos mais desejados nos Estados Unidos para essa temporada de fim de ano. Entre os turistas brasileiros, por exemplo, ela é a segunda cidade com clima de inverno mais procurada no período pré e durante o Natal, perdendo apenas para Nova York. O número de visitantes que partem do Brasil também vem crescendo ano a ano. Em 2018, a metrópole, no estado de Illinois, muito amigável para quem gosta de andar a pé e cercada de parques – são cerca de 500 – recebeu 53 234 brasileiros. Em 2024, o número saltou para 64 435, representando um aumento de cerca de 20%. E mais: 16% dessas viagens ficam concentradas nos meses de novembro e dezembro. “A cidade se ilumina nessa época do ano, ficando ainda mais bonita e especial, sem falar na série de atrativos extras oferecidos”, reforça Kristen Reynolds, presidente e CEO da Choose Chicago.

Cidade dos
Cidade dos “arranha-céus”: Chicago foi destruída por um incêndio em 1871 e renasceu mais exuberanteSofia Cerqueira/VEJA

Não é exagero falar que o clima natalino – com tudo que isso implica – toma mesmo conta de Chicago, uma metrópole banhada pelo Lago Michigan – um dos maiores de água doce do mundo – e que tem a sua área urbana cortada pelo rio Chicago. Terceira maior cidade dos Estados Unidos (com cerca de 2,7 milhões de habitantes e atrás apenas de Nova York e Los Angeles), ela se abre em um leque de opções ainda maior a cada finzinho de ano. Os visitantes têm a chance de presenciar a tradicional cerimônia de iluminação da árvore de Natal; assistir a maior parada temática noturna dos Estados Unidos; explorar um mercadinho típico de Natal; e visitar bares temporários ultra – mas ultra mesmo – decorados e animados.

Isso sem falar na oportunidade de deslizar num rinque de patinação no gelo, ir a um dos inúmeros teatros da Broadway local, muitos deles com espetáculos especiais para essa época, e, como não podia faltar, ainda se entregar aquelas comprinhas. Nessa seara, o local mais emblemático é a The Magnificent Mile, uma avenida no coração comercial da cidade, com grandes lojas de departamento, grifes de luxo, além de opções de gastronomia e entretenimento. É ali, por exemplo, que ficam o maior Starbucks do mundo e uma recém-inaugurada loja do Harry Potter. “Se você gosta de boa comida, arte e atrações diferentes e incríveis, você vai gostar de Chicago”, completa Michelle Gonzalez, também do órgão de promoção da cidade.

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Para ajudar o leitor a conhecer melhor essa múltipla e encantadora cidade, especialmente na temporada de fim de ano, a coluna selecionou doze eventos e atrações que não podem estar fora de qualquer roteiro. Veja a seguir:

 

Árvore de Natal oficial da cidade: sua iluminação, no fim de novembro, marca o início da temporada de festas
Árvore de Natal oficial: sua iluminação, no fim de novembro, marca o início da temporada de festasSofia Cerqueira/VEJA

1.Cerimônia de iluminação da árvore de Natal oficial de Chicago

O evento no Millennium Park, próximo à Michigan Avenue com Washington Street, acontece normalmente na penúltima semana de novembro – mas é sempre bom checar a data no site https://www.chicago.gov/holiday – marcando oficialmente o início da temporada de Natal. A cerimônia, que teve a sua história iniciada em 1913 e se repete a cada final de ano, contou desta vez com a presença de um DJ, cantores e um coral de uma turma de High School, do Papai Noel, além do prefeito de Chicago, Brandon Johnson. Como já é tradição, a árvore – que em 2025 tem 20 metros de altura e recebeu 11 800 metros de luzes cintilantes – foi doada por uma família do estado, que a cultivou em sua propriedade. A festa de inauguração da atração, que estará montada até 11 de janeiro, contou ainda com uma grande queima no topo do Chicago Cultural Center.

Maior parada noturna dos Estados Unidos: evento conta com carros alegóricos, bandas, balões gigantes e personagens da Disney
Maior parada noturna dos Estados Unidos: evento conta com carros alegóricos, bandas, balões gigantes e personagens da DisneySofia Cerqueira/VEJA
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  1. Magnificent Mile Lights Festival

A parada natalina noturna, a maior do gênero nos Estados Unidos, é outro marco do início da temporada de festas de fim de ano, em Chicago. Ela acontece tradicionalmente em um sábado, no fim de novembro. O desfile que inclui carros alegóricos, bandas, balões gigantes, personagens da Disney como mestres-de-cerimônias e a presença do Papai Noel se estende pelos treze quilômetros da Magnificent Mile – entre a Ponte da Avenida Michigan e a Rua Oak, no Centro da cidade. A noite termina com um grande espetáculo de fogos de artifício sobre o rio Chicago, cujo clima festivo entre as pessoas lembra muito as celebrações de Réveillon. O evento, que reúne anualmente cerca de 1 milhão de pessoas ao longo do seu percurso, é gratuito e televisionado.

Como na Alemanha: o mercado de Natal já virou uma tradição em Chicago
Como na Alemanha: o mercado de Natal já virou uma tradição em ChicagoSofia Cerqueira/VEJA

3.The Christkindlmarket

Nos moldes dos autênticos mercadinhos de Natal alemães, o Christkindlmarket de Chicago foi inspirado na versão de Nuremberg, na região da Baviera. A iniciativa da Câmara de Comércio Alemã-Americana, em 1996, agradou tanto ao público que virou uma tradição na cidade desde então nos finais de ano. Montado na Daley Plaza, no bairro do Loop, região central de Chicago, o mercadinho inaugurou este ano suas barracas no dia 21 de novembro e funcionará até a véspera de Natal. Além de comidinhas típicas, como os sanduíches de salsicha com currywurst, as canecas de vinho quente (glühwein) e os chocolates quentes especiais, o local oferece inúmeras opções de presentes e enfeites de Natal, a maior parte vindos da própria Alemanha. Vale muito a visita se estiver na cidade!

Santa Baby: um dos bares natalinos temporários abertos na cidade este ano
Santa Baby: um dos bares natalinos temporários abertos na cidade este anoSofia Cerqueira/VEJA
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4.Bares temáticos temporários

A cada fim de ano, Chicago ganha vários Christmas pop-up bares. Na temporada de 2025, já são cerca de dez abertos na cidade, com decorações e cardápios totalmente voltados para o tema natalino. A coluna visitou o Santa Baby Bar (3505 N Clark Street, no bairro de Wrigleyville) e saiu impressionada. Com entrada a 30 dólares, que dá direito a dois drinques, o bar conta com três andares, incluindo duas áreas externas (uma no térreo e outra no terraço) e a cada pavimento uma surpresa maior que a outra. O Santa Baby é decorado do chão ao teto com enfeites natalinos, além de ter inúmeros espaços instagramáveis – o trenó do Papai Notel, a sala de cartinhas para o bom velhinho, o banco no formato de biscoitos de gengibre, o piano do grinch, uma escada-rolante apinhada de luzes e enfeites especiais, entre outros. É até difícil escolher o lugar para aquelas selfies especiais.

Percurso iluminado: a cada fim de ano, o zoológico do Lincoln Park também recebe milhões de luzinhas
Percurso iluminado: a cada fim de ano, o zoológico do Lincoln Park também recebe milhões de luzinhasSofia Cerqueira/VEJA

5.ZooLights

Já é tradição a área do zoológico, no Lincoln Park, ser tomada por uma profusão de luzinhas coloridas na época do Natal. O visitante tem a possibilidade de caminhar por um percurso, no qual se depara com árvores, canteiros e túneis iluminados e adornados com desenhos temáticos. Este ano, a decoração do local envolveu 3 milhões de luzes, centenas de displays de LED e experiências festivas que capturam a magia da época. Com ingressos que variam de 7 a 12 dólares, o público pode conhecer o ZooLights e ainda ver alguns animais dormindo. Para quem quiser, ainda há a opção de andar numa roda-gigante, com ingresso à parte. Em alguns dias, também há a presença de cantores entoando canções natalinas – acompanhar no site https://www.lpzoo.org/event/zoolights/. Faça sol, chuva ou neve, a atração funciona, das 16h30 às 21h, de 21 de dezembro a 4 de janeiro.

Lojas de departamentos, grifes de luxo, entretenimento e gastronomia: a avenida é comparada à Quinta Avenida, em Nova York
Lojas de departamentos, grifes de luxo, entretenimento e gastronomia: o local é comparado à Quinta Avenida, em Nova YorkSofia Cerqueira/VEJA

6.The Magnificent Mile

Frequentemente comparada à Quinta Avenida, a Magnificente Mile não deixa nada a dever a versão novaiorquina. Com 13 quarteirões, em uma das áreas mais turísticas de Chicago, ela abriga inúmeras marcas de luxo, lojas de departamento – como Bloomingdale’s, Nordstrom, Neiman Marcus, Saks, entre outras – shoppings centers e galerias. É naquela faixa de comércio, situada entre a Ponte da Avenida Michigan e a Rua Oak, que ficam também a imensa loja dedicada ao universo de Harry Potter e a maior Starbucks do mundo, com cinco andares e diversos espaços temáticos – incluindo um bar de bebidas alcóolicas com café, perfeito para um happy hour. Na área da Magnificente Mile ainda estão vários hotéis e restaurantes e dali é possível ir facilmente para diversos pontos turísticos da cidade, como tradicional passeio de barco pelo Chicago River para ver a imponente arquitetura local. Para quem adora uma promoção, vale também dar uma passadinha no Fashion Outlets of Chicago, localizado em Rosemont, perto do Aeroporto O’Hare.

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Patinação no gelo: só no Millennium Park funcionam na temporada de final de ano dois rinques, um deles retangular e outro com um circuito maior
Patinação no gelo: só no Millennium Park funcionam na temporada de final de ano dois rinques, um deles retangular e outro com um circuito maiorSofia Cerqueira/VEJA

7.Patinação no gelo

O clima de Chicago, com um inverno rigoroso e a presença de muita neve ao longo da estação, se encaixa perfeitamente com a imagem clássica daqueles natais dos filmes e séries de TV. Com esse perfil, é mais do que natural que a cidade ganhe vários rinques de patinação no gelo nesta época do ano. Só no Millennium Park, um parque público famoso por suas atrações interativas e artísticas – é lá que fica a escultura metálica Cloud Gate, popularmente conhecida como The Bean (o feijão) –, funcionam no fim do ano duas pistas de patinação no gelo. Uma retangular, bem na entrada do parque, e outra com uma grande pista circular, no interior do complexo, com ingressos em média a 21 dólares, incluindo o aluguel dos patins. O horário de funcionamento se estende das 11h às 22h.

 

A experiência do Tilt, no 360 Chicago: os visitantes se inclinam para fora do prédio, protegidos por uma plataforma de vidro
A experiência do Tilt, no 360 Chicago: os visitantes se inclinam para fora do prédio, protegidos por uma plataforma de vidroSofia Cerqueira/VEJA

8.360 Chicago (Observation Deck & Tilt) e Skydeck Chicago

As duas atrações não têm relação específica com a temporada de Natal, mas são imperdíveis para quem visita à cidade, em qualquer época do ano. No caso do observatório 360 Chicago, ele fica no 94º andar do edifício John Hancock Center, com uma vista completa da cidade e do Lago Michigan. O Tilt, neste caso, é uma atração adicional que permite aos visitantes se inclinarem para fora do prédio a mais de 300 metros de altura, protegidos por uma plataforma de vidro que se move a um ângulo de 30°, proporcionando uma experiência emocionante. Já o Skydeck Chicago fica no topo da Willis Tower, no 103º andar. Além da vista espetacular, a atração principal ali é o “The Ledge”, um cubo de vidro que se projeta para fora do prédio, permitindo que os visitantes caminhem literalmente sobre a cidade. É neste local, a 412 metros de altura que os visitantes costumam tirar fotos “suspensos” no ar.

Arena United Center: não deixe de ver a agenda de jogos do Chicago Bulls, time oficial da NBA em Chicago
United Center: não deixe de ver a agenda de jogos do Chicago Bulls, time oficial da NBA em ChicagoSofia Cerqueira/VEJA
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9.Chicago Bulls

Se a ideia é passar alguns dias no fim do ano em Chicago, não deixe de ver a agenda de jogos do Chicago Bulls, o time oficial da NBA (National Basketball Association) de Chicago. A experiência de assistir uma partida da equipe – que tem como logotipo a cabeça de um touro vermelha e preta – em sua casa, a arena United Center, é inesquecível. Os jogos naquele ginásio são uma festa, com direito a jogos de luzes, apresentações de grupos de danças nos intervalos, mascotes e muita animação. Só para se ter uma ideia da importância do Chicago Bulls, o time foi um dos responsáveis por popularizar a NBA no mundo, na década de 1990. A equipe, comandada por Michael Jordan e Scottie Pippen, venceu seis títulos da liga, entre 1991 e 1998.

Voo panorâmico de helicóptero: experiência inesquecível sobre a
Voo panorâmico de helicóptero: experiência inesquecível sobre a cidade dos “arranha-céus”Lisa Blue/Getty Images

10.Voo de helicóptero

Sobrevoar Chicago, uma cidade banhada pelo Lago Michigan e com a sua área urbana cortada pelo rio Chicago, junto com um dos skylines mais bonitos do mundo, definitivamente, é uma experiência para guardar na memória para sempre. Os voos turísticos costumam ter duração, em média, de quinze minutos, tempo suficiente para observar a metrópole de cima, ver seu horizonte e ainda apreciar seus icônicos arranha-céus. Os valores (@flyhelitours e @vertiportchicago) dependem da rota, duração e número de pessoas na aeronave.

Parada obrigatória: o parque urbana mescla arte, lazer e paisagismo sustentável
Parada obrigatória:  o Millennium Park mescla arte, lazer e paisagismo sustentávelSofia Cerqueira/VEJA

11.Millennium Park

Em qualquer roteiro traçado para conhecer Chicago, o passeio pelo Millennium Park é uma parada obrigatória. Além da emblemática escultura Cloud Gate (o Feijão), que espelha tudo ao seu redor, ficam no parque a escultura interativa Crown Fountain (Fonte da Coroa) com rostos de moradores projetados em torres de LED, e o Pritzker Pavilion, um palco para shows com design arrojado. O espaço ainda abriga o Lurie Garden, um jardim botânico urbano com 1,2 hectares, que mescla design inovador, paisagismo sustentável e um pouco da história da cidade. E ele tem a particularidade de ter sido construído sobre um estacionamento subterrâneo –  possui áreas de sol e sombra com plantas nativas e espécies que lembram as pradarias de Illinois, com um boardwalk (uma passarela especial) de madeira sobre um canal de água que divide as seções. Um parque lindo em qualquer época do ano, mas ainda mais especial no inverno.

Broadway de Chicago: como Nova York, a cidade tem um circuito intenso de musicais e espetáculos grandiosos
Broadway de Chicago: a cidade tem um circuito intenso de musicais e espetáculos grandiososSofia Cerqueira/VEJA
  1. Broadway de Chicago

Como Nova York, Chicago também tem um efervescente Distrito de Teatros que, no seu caso, fica na região central, no bairro do Loop, ao longo da Michigan Avenue e nas ruas próximas. Estima-se que este setor gere mais de 7 500 empregos e tenha um impacto econômico anual na cidade superior a 635 milhões de dólares, já ocupando o posto de quinta atração turística ali. Com uma agenda constante de grandes espetáculos, um dos destaques é o James M. Nederlander Theatre, o antigo Oriental Theatre de Chicago, inaugurado em 1926. O suntuoso teatro tem sua arquitetura inspirada no Oriente com revestimentos em mosaicos, grandes esculturas e escadarias imponentes. Entre as superproduções que estiveram em cartaz recentemente no local está o musical Hell’s Kitchen, de Alicia Keys, que levava para o palco uma celebração vibrante da vida em Nova York, inspirada nas suas experiências de juventude. O espetáculo trazia hits e novas canções da cantora e compositora norte-americana. Antes de chegar a Chicago, vale dar uma olhada no roteiro de espetáculos em cartaz. Na temporada de inverno há sempre peças temáticas.

 

A colunista viajou a convite do Choose Chicago, escritório de turismo da cidade (@choosechicago e @choosechicabobr), e se hospedou no Kimpton Gray Hotel. Localizado no bairro do Loop, perto do Millennium Park, de vários pontos turísticos e de uma excelente área comercial, o hotel ainda é um marco arquitetônico de Chicago. O edifício, construído em 1894, é considerado um dos primeiros arranha-céus da cidade. A rede de hotéis-boutique de luxo Kimpton comprou a propriedade em 2014 e seus quartos passaram por uma remodelação recente.

 

Com o olhar cultivado em redações por mais de 30 anos, convido você a viajar pelo mundo, por aqui. Nesse amplo e diversificado roteiro, cabem um destino encantador, uma suíte especial, uma experiência única, uma curiosidade do setor e tudo mais que possa instigar quem está de malas prontas ou sonha em pôr o pé na estrada. Siga também o perfil no Instagram @omundodesofia_cerqueira

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