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Como a Nvidia, governo dos EUA e investidores japoneses devem ajudar a salvar a Intel

O anúncio, na manhã desta quinta-feira, 18, de que a Nvidia, uma das maiores companhias de chips do mundo, vai aportar 5 bilhões de dólares para comprar uma participação na também fabricante americana de semicondutores Intel, chacoalhou o mundo na tecnologia, já que se trata de mais uma grande operação que deve ajudar a resgatar o declínio de uma das mais antigas e importantes fabricantes de processadores para computadores do mundo.

A notícia do aporte, divulgada pela própria Nvidia em um comunicado ao mercado pela manhã, vem menos de um mês depois de o próprio governo dos Estados Unidos, numa ação bastante rara na maior economia do mundo, comprar uma participação de 10% na Intel. O Estado aportou 9 bilhões de dólares para ficar com um pedaço das ações da companhia e se tornou o seu maior acionista, em um momento em que o governo americano e, em especial, o presidente Donald Trump, vêm tentando reforçar a indústria nacional de tecnologia em meio ao avanço das fabricantes asiáticas, caso da taiwanesa TSMC, no cada vez mais valioso mercado global de chips.

O generoso aporte público veio na mesma semana em que a gigante japonesa de investimentos SoftBank, poucos dias antes, tinha anunciado outro investimento de 2 bilhões de dólares na Intel, o que lhe valeu um pedaço de 2% na companhia. O novo aporte da Nvidia irá lhe rende 4% de participação e, agora, o posto de segunda maior acionista.

A leva bilionária de recursos não chega em má hora para a Intel, que, depois de ter sido uma das pioneiras e a líder global no fornecimento de chips para computadores nos anos de 1990, se perdeu nas transições tecnológicos e foi ficando para trás conforme smartphones, games e, em especial, a mais recente revolução da inteligência artificial foram ganhando relevância entre as maiores indústrias consumidoras de chips. Especializada justamente em chips para inteligência artificial, a Nvidia ultrapassou a Intel em valor de mercado ainda em 2020, para se consolidar com folga dali em diante como a mais valiosa fabricante de chips do mundo. Após o comunicado desta quinta-feira, as ações da Intel subiam 32% no início da tarde.

A nova parceria Nvidia-Intel prevê que a Intel irá fabricar e fornecer chips tanto para computadores quanto para data centers, ligados ao processamento de inteligência artificial, a serem usados pela Nvidia em suas infraestruturas. Na negociação fechada, a Nvidia pagou 23,28 dólares por ação – pouco menos da cotação de quarta-feira, fechada em 24,90 dólares, mas mais do que os 20,47 reais que o caixa de Trump ofereceu, conforme notou a agência internacional de notícias Reuters.

 

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