Com dois alvos na operação Ambiente 186, deflagrada por órgãos de investigação de Minas Gerais nesta terça-feira, a família Coelho Diniz afirmou que a rede de supermercados que carrega seu nome e seus investimentos no Grupo Pão de Açúcar não são alvo da investigação.
Os órgãos responsáveis pela apuração afirmam que o suposto esquema sonegou 215 milhões de reais em ICMS. Eles apontam o famoso operador do mensalão Marcos Valério como o participante do “núcleo executivo” da organização criminosa que teria “superioridade hierárquica em relação aos demais investigados”.
Agentes do Ministério Público, da Receita Estadual, da Advocacia-Geral do Estado e das Polícias Civil e Militar cumpriram mandados de busca e apreensão contra dezenas de investigados, entre eles André Luiz Coelho Leite, Fábio Coelho Diniz e Gustavo Coelho Leite.
“A HAF Distribuidor (uma das empresas da família, alvo da investigação) ainda não teve acesso às informações da operação que resultou nas medidas cautelares patrimoniais e de busca e apreensão realizadas nesta data. De qualquer forma, afirma a inexistência de autuação fiscal e respectivo lançamento de crédito tributário”, diz a família em nota.
“Tão logo tenha acesso aos autos, a HAF Distribuidor prestará todos os esclarecimentos porventura necessários à demonstração da regularidade das suas operações”, acrescenta.
Veja, abaixo, o que os investigadores dizem sobre cada um dos membros da família alvo da operação:
- “Gustavo Coelho Leite é diretor da HAF Distribuidor (Grupo Coelho Diniz) e principal responsável pela operacionalização da fraude dentro do grupo, com registro de planilhas com ‘faturamentos especiais’. Áudios comprovam sua intenção de usar a manobra via Goiás/Espírito Santo para reduzir o ICMS devido”;
- “André Luiz Coelho Leite e Fábio Coelho Diniz são sócios administradores do Grupo Coelho Diniz, responsáveis pelos pagamentos às empresas ‘noteiras’”.