Na conversa que teve com ministros do STF, na semana passada, o presidente Lula disse aos magistrados que encarregou o chefe da Casa Civil, Rui Costa, de acelerar todos os acordos com a China em análise ou de alguma forma pendentes no governo.
Brasil e China serão “irmãos”, segundo um auxiliar do petista, “no que der”.
O Brasil também fará negócios com concorrentes de produtos americanos, encontrando caminhos para amenizar as perdas dos setores que não foram retirados do tarifaço e também reduzindo a dependência das relações comerciais com os Estados Unidos.
Um efeito natural da decisão do governo de Donald Trump de impor sanções ao Brasil, a busca pela China e outros mercados também fez parte de um alerta enviado pela CNI ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.
“Se estas tarifas proibitivas persistirem, as indústrias brasileiras e americanas, impulsionadas pela necessidade econômica, serão forçadas a buscar mercados e cadeias de suprimentos alternativas. Isso não é uma ameaça. É uma realidade econômica. Essa mudança significaria que o Brasil, uma nação agora com potencial econômico, seria levado a priorizar relacionamentos com outros parceiros globais. A consequência? Desperdiçaríamos uma relação longeva e profícua entre as nossas nações, com um verdadeiro “perde-perde” de mercados mútuos e oportunidade para futuros investimentos e parcerias com um aliado democrático chave no Hemisfério Ocidental”, disse Ricardo Alban no documento de quatro páginas despachado aos EUA no dia 21 de julho, mas só agora divulgado pelo Radar.