Em agosto, primeiro mês em que vigorou a nova tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre a maior parte dos produtos que importa do Brasil, as exportações brasileiras para o país de Donald Trump caíram 18%, de acordo com os dados da balança comercial para o mês completo divulgados nesta quinta-feira, 4, pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A receita com as vendas para os americanos saiu 3,39 bilhões de dólares em agosto do ano passado para 2,76 bilhões de dólares em agosto deste ano. A nova tarifa recai sobre cerca da metade de tudo o que Brasil exporta para os Estados Unidos e está em vigor desde 6 de agosto.
A queda nos embarques para o segundo maior parceiro comercial do Brasil, entretanto, não impediu o avanço das exportações totais e um novo salto no saldo da balança brasileira, garantidos pelo aumento expressivo nas exportações para destinos também relevantes como a China e o Mercosul.
A receita de tudo o que o Brasil exportou para o resto do mundo teve um avanço de 3,9% em agosto de 2025 comparado com o mesmo mês em 2024, somando 29,9 bilhões de dólares no mês passado. As importações totais, por outro lado, caíram 2% na mesma base de comparação, ficando em 23,7 bilhões de dólares em agosto. Com isso, o saldo da balança comercial, que é a diferença entre tudo o que o país vende e o que compra de fora, cresceu 35,8%, de 4,5 bilhões de dólares em agosto do ano passado para 6,1 bilhões de dólares no último mês.
As exportações para a China, que responde sozinha por um terço de tudo o que Brasil vende para o exterior e é a maior compradora do país, cresceram 29,9% em agosto, para 9,6 bilhões de dólares. Os embarques para o Mercosul, por sua vez, avançaram 27,9%, para 2,2 bilhões de dólares. Já as vendas para a União Europeia – que, quando considerada em bloco, é o segundo maior destino dos produtos brasileiros – recuaram 11,9%, para 4 bilhões de dólares no mês.