O príncipe William inicia nesta segunda-feira, 3, sua primeira viagem ao Brasil. O futuro rei começa o roteiro no Rio de Janeiro, onde ficará até quarta-feira, quando será realizada a cerimônia do Earthshot Prize, prêmio ambiental fundado por ele, no Museu do Amanhã. Pela Cidade Maravilhosa, ele participará de uma série de eventos com autoridades brasileiras, líderes indígenas, iniciativas comunitárias e líderes globais em inovação.
Além de passagens para conhecer a biodiversidade brasileira, William marcará presença na Cúpula Global do Programa United for Wildlife, resultado de uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a Interpol, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e a Polícia Federal. Do Rio de Janeiro, ele partirá para Belém, no Pará, como representante do rei Charles III na COP30.
A decisão por sediar a premiação no Rio marca a primeira vez que a láurea será concedida na América Latina e “reforça o protagonismo do Brasil na agenda climática global”. O prêmio foi criado em 2020 através de sua Royal Foundation, com o objetivo de incentivar novas ideias para solucionar problemas ambientais. Segundo o príncipe, o Earthshot foi inspirado em uma visita que ele realizou à Namíbia e seu nome é uma homenagem ao projeto “moonshot”, do ex-presidente americano John F. Kennedy, que levou ao pouso lunar em 1969.
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Quem são os finalistas brasileiros
Entre os concorrentes do Brasil, estão a re.green, definida pela premiação como “uma extraordinária startup tecnológica brasileira que combate o desmatamento”, e Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que foi considerada “a iniciativa financeira florestal mais ambiciosa que o mundo já viu, tornando a preservação mais valiosa do que a destruição”. Neste ano, há quatro finalistas da América do Sul.
“Ser finalista do Prêmio Earthshot na véspera da COP30 é uma honra que ajudará a aumentar a conscientização global sobre esta iniciativa, contribuindo para nossos esforços para garantir investidores públicos e capital privado, bem como divulgar a mensagem para pessoas em todo o mundo sobre a importância vital das florestas tropicais para nossas vidas e economias”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, no anúncio.
“É uma oportunidade sem precedentes para finalmente garantir que a preservação das florestas tropicais seja mais valorizada do que sua destruição. Por meio do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, podemos mudar o futuro da conservação das florestas tropicais e fornecer financiamento de longo prazo para aqueles que as protegem”, acrescentou