O funeral do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado na última quarta-feira durante um evento na Universidade do Vale de Utah, será realizado no próximo domingo, 21, em Glendale, no Arizona, e reunirá o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autoridades de alto escalão e influenciadores republicanos. A cerimônia, marcada para o State Farm Stadium — que tem capacidade para mais de 63 mil pessoas — representará um grande teste para o Serviço Secreto dos EUA, encarregado da segurança de eventos de alto risco.
O estádio exigirá um planejamento de segurança complexo, incluindo posicionamento de detectores, snipers, monitoramento de veículos e protocolos de mitigação de ameaças biológicas, segundo especialistas em gestão de risco. A logística e o monitoramento do local estão sendo organizados às pressas, com a agência coordenando esforços junto às autoridades estaduais e locais. Ainda não se definiu se a cerimônia contará com reforço especial de segurança federal, o que permitiria o uso de recursos adicionais.
“O local pode ser considerado um alvo de alto risco devido à sua visibilidade”, explica Jonathan Wackrow, ex-agente do Serviço Secreto e consultor em segurança. “É necessário antecipar diferentes tipos de ameaças e implementar imediatamente protocolos de mitigação.” Entre os convidados de destaque está o secretário de Estado Marco Rubio, que deve participar da cerimônia.
Desde o assassinato de Kirk, diversas campanhas políticas e eventos foram cancelados por precaução. Políticos e influenciadores enfrentam um dilema constante entre manter a exposição pública e proteger sua segurança. O caso recente do assassinato de um deputado em Minnesota e de um executivo em Manhattan também refletem a escalada do risco.
Além da cerimônia, o Serviço Secreto precisa se preparar para a visita de Trump e da primeira-dama ao Reino Unido, bem como para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no início da próxima semana, que envolve a proteção de mais de 100 dignitários estrangeiros.