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Com o SUV Boreal, Renault quer ganhar mercados – começando pelo Brasil

Entre 2020 e 2021, no meio da pandemia de Covid-19, a Renault decidiu repensar sua estratégia de negócios. O primeiro passo foi repensar o portfólio local, para começar a reestruturação pela França e Europa. Os primeiros modelos chegaram ao mercado europeu em 2023, como a nova versão do Clio e o SUV híbrido Austral. Depois, começaram a focar nos mercados externos. O primeiro veículo dessa nova fase global foi o Kardian, lançado em 2024, já produzido na fábrica da montadora no Brasil. Agora, acaba de ser revelada a próxima peça dessa estratégia.

Trata-se do Boreal, SUV médio que a Renault apresentou globalmente nesta quinta-feira, 7, em um evento realizado em São Paulo. A escolha da cidade não foi à toa. O Boreal será vendido primeiro aqui e produzido na mesma fábrica do Kardian, em Curitiba. Depois, será exportado para outros mercados na América Latina. Também será produzido na Turquia para atender outros mercados, como o Oriente Médio. A ambição da Renault é vender o Boreal em 70 países. “É um produto global”, disse Caíque Ferreira, diretor de comunicações da marca, na apresentação oficial. No total, serão oito novos veículos, apresentados até 2027. O Boreal é o quarto, após o Kardian, o novo Duster e a nova geração do Grand Koleos, vendida na Coreia do Sul. No total, a Renault investiu 3 bilhões de euros nesta iniciativa.

Segundo Ivan Segal, diretor global de vendas da marca Renault, a estratégia já está dando certo. Hoje, 40% das vendas vêm de fora da Europa. E o Brasil tem papel central nessa equação. É o segundo maior mercado internacional da montadora. Turquia, Argentina e Coreia do Sul também são bastante relevantes nessa composição. “Queremos subir nosso centro de gravidade. Investimos muito no segmento C [de carros médios], não para ganhar market share, mas para ganhar valor, rentabilidade, sustentabilidade do ecossistema”, afirma Segal.

A fábrica do Brasil também é fundamental nessa nova estratégia global da Renault. Ela funcionará como um centro de produção de modelos como o Boreal para a América Latina. Em tempos de medidas protecionistas, Segal acredita que ter hubs produtivos é positivo. “Esses hubs nos dão flexibilidade e adaptabilidade. Dependendo do acordo do momento ou de uma decisão do presidente dos Estados Unidos tomada de uma hora para outra, podemos mandar os carros para diferentes hubs”, diz o executivo.

Como é o novo Renault Boreal

Revelado hoje globalmente, o Boreal é o mais imponente dos SUVs médios que serão vendidos no Brasil – uma categoria bastante concorrida, com alguns dos modelos mais vendidos atualmente, como o Jeep Compass e o Toyota Corolla Cross. Chama a atenção pelo visual, com linhas diagonais que remetem ao novo logo da Renault, e pelo bom acabamento da cabine, com uso de materiais sensíveis ao toque.

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“É um carro que mostra a nova identidade visual da Renault, mais premium, que traz um aspecto aspiracional”, disse Daniel Nozaki, diretor de design da Renault nas Américas, na apresentação do modelo.

Sob o capô está um motor 1.3 turbo que produz 167 cavalos de potência e 270 Fm de torque com injeção direta, junto com um câmbio automático de dupla embreagem úmida com seis marchas. Tem bom espaço interno – “a impressão de tamanho é um aspecto valorizado pelo mercado latino-americano”, diz Nozaki -, porta-malas com capacidade de 522 litros, tecnologias de assistência ao motorista e algumas funções de conforto, como massagem nos bancos dianteiros, que têm ainda regulagem elétrica.

O Boreal será vendido no Brasil a partir do último trimestre de 2025.

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