Emitir o visto americano ficará mais caro para turistas e estudantes como parte do plano de cortes de gastos e impostos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovado pelo Congresso dos EUA no início deste mês. A mudança no valor é resultado de uma nova taxa, de US$ 250 (mais de R$ 1390), que fará o custo do documento subir de US$ 185 (R$ 1.030) para US$ 435 (R$ 2423). Ainda não foi anunciada a data de início da cobrança da tarifa.
O megaprojeto de Trump inclui a chamada Visa Integrity Fee (taxa de integridade do visto, em português), aplicada na emissão da credencial — caso o pedido do documento seja negado, a quantia não será cobrada. O valor da tarifa, contudo, ainda pode sofrer alterações (para mais, para menos) pela secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem. A taxa também pode variar anualmente conforme a inflação americana.
Além disso, o texto do One Big Beautiful Bill Act (grande e bonito projeto de lei, na tradução) prevê que quem entrar no país poderá ser cobrado do formulário I-95, que registra a chegada no território americano. O documento custa US$ 24 (R$ 133). Com isso, o valor total da viagem pode chegar a US$ 459 (cerca de R$ 2557). Todas aqueles que pedirem o visto de não imigrante — por exemplo, turistas, viajantes a negócios, estudantes, intercambistas, trabalhadores temporários, atletas e artistas — estão sujeitos à taxa.
+ Câmara dos EUA aprova megaprojeto fiscal de Trump, com corte de impostos e alta no déficit
Megaprojeto de Trump
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou em votação nesta quinta-feira, 3, o megaprojeto de lei orçamentária proposto por Trump. O pacote, aprovado pelo Senado após uma maratona de votações no início desta semana, inclui cortes de impostos e aumentos de verbas para o Pentágono e a segurança nas fronteiras.
Também inclui um enxugamento de gastos mais controverso para financiar o restante do plano, incluindo a maior redução de benefícios do governo em saúde e alimentação em décadas. Foi a primeira grande conquista legislativa para Trump 2.0, após uma feroz campanha de pressão dos líderes republicanos, que tem maioria em ambas as casas do Congresso, para unir um partido dividido em torno de sua abrangente agenda interna.
A redução dos tributos – uma ampliação dos cortes implementados em 2017, durante o primeiro mandato de Trump, com outras reduções de taxas – somada à ampliação de gastos com defesa e segurança deve adicionar quase US$ 3,3 trilhões ao déficit na próxima década (cerca de R$ 18 trilhões), de acordo com uma estimativa do escritório de orçamento do Congresso.