O mercado financeiro já começou a reagir aos sinais políticos de 2026, mesmo antes do início oficial da campanha. Segundo o economista Alex André, os desdobramentos recentes — como a queda na aprovação do presidente Lula na pesquisa Genial/Quaest após o episódio das operações policiais no Rio — já influenciam o preço dos ativos. “Pegou mal para o governo”, afirma. Com a direita se reorganizando, Bolsonaro apoiando Tarcísio e pressionando por definições antecipadas, cada nova pesquisa se torna um termômetro que afeta diretamente o humor do mercado. O resultado é uma volatilidade política que se converte em cautela financeira.
Os cenários de segundo turno mostram Lula à frente, mas com margens apertadas, inclusive contra nomes ainda indefinidos como Ciro Gomes. Para o mercado, o foco está menos no placar e mais na tendência: Tarcísio ganha força, a direita busca unidade e Lula perde apoio em segmentos-chave. “É um alerta para o governo”, diz Alex, que vê 2026 como uma disputa ainda mais polarizada do que 2022. No centro das preocupações está a previsibilidade econômica. Investidores buscam um candidato comprometido com reformas e disciplina fiscal — pontos que, segundo Alex, o atual governo ainda não entregou. Com a dívida bruta em alta e os gastos públicos pressionando a inflação, pesquisas deixam de ser apenas retratos momentâneos e passam a funcionar como faróis que orientam o mercado.