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Com Louvre fechado após roubo, ministro admite que governo francês falhou

Museu mais visitado do mundo, com mais de 8,7 milhões de entradas anuais, o Louvre amanheceu fechado pelo segundo dia nesta segunda-feira, 20, após um crime que chocou a França. O ministro da Justiça, Gérard Darmanin, declarou que a invasão da instituição por ladrões, que levaram objetos de valor inestimável de uma área que abriga as joias da coroa francesa, coloca o país sob uma luz “deplorável”.

“O certo é que falhamos”, disse Darmanin à rádio France Inter. “Todos os franceses se sentem como se tivessem sido roubados”, acrescentou, enquanto políticos da oposição criticavam o governo pelo que taxaram de uma humilhação nacional.

Os ladrões invadiram o Louvre usando um guindaste para quebrar uma janela do andar superior, coletaram as joias e fugiram em motocicletas. O episódio, que vários jornais chamaram de “roubo do século”, ganhou as manchetes em todo o mundo.

Reunião de emergência

A invasão levantou questões sobre a segurança do museu, que abriga obras como a Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci. De acordo com o procurador de Paris, o assalto durou entre seis e sete minutos e foi realizado por quatro pessoas desarmadas, mas que ameaçaram os guardas com esmerilhadeiras — ferramentas elétricas portáteis usadas para lixar e polir metal ou madeira, que lembram serras elétricas sem dentes. O Louvre, que tinha expectativa de reabrir nesta segunda, permaneceu fechado.

“Devido a circunstâncias excepcionais, o Museu do Louvre permanecerá fechado hoje. Os visitantes que reservaram uma visita para hoje serão reembolsados”, informou seu site.

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Darmanin garantiu que os ladrões, ainda foragidos, seriam encontrados, enquanto os ministérios da Cultura e do Interior realizaram uma reunião de emergência nesta manhã para discutir a segurança do Louvre. Mas isso não acalmou a revolta dos franceses.

“É uma humilhação insuportável para o nosso país. Até onde irá a desintegração do Estado?”, questionou Jordan Bardella, líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, no X.

François-Xavier Bellamy, do partido conservador Os Republicanos, afirmou que o assalto era o “sintoma de um país que não consegue proteger seu patrimônio”.

Entre as joias roubadas estava uma tiara do conjunto de joias da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia, do início do século XIX, bem como um brinco, parte de um par do conjunto de joias de safira das mesmas rainhas. A coroa da Imperatriz Eugênia foi encontrada do lado de fora do museu — aparentemente, os ladrões deixaram cair a peça, feita de ouro, esmeralda e diamantes, durante a fuga.

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