Passado o julgamento do núcleo 1 da trama golpista no STF, o PL da Anistia voltará a centralizar atenções nesta semana, com a oposição pressionando o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar o tema. Por outro lado, governistas devem tentar adiar a eventual apreciação até mesmo do requerimento de urgência para acelerar tramitação.
Antes mesmo de Jair Bolsonaro ser condenado pela Primeira Turma do STF, os opositores se articularam e contaram com a ajuda de Tarcísio de Freitas para criar um ambiente político para a apreciação da matéria. O próprio Motta reconheceu que a maioria dos líderes eram simpáticos à possibilidade.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacaram a ofensiva e acusaram a oposição de tentar intimidar os ministros do STF que julgavam Bolsonaro e outros sete réus da trama golpista.
A ambição desmedida dos bolsonaristas – que desejam um texto bastante amplo, que beneficie diretamente o ex-presidente – acabou fazendo com que Motta não designasse nem mesmo relator e segurasse a proposição.
Na semana passada, o presidente da Casa alinhou que o tema será o primeiro apreciado no colégio de líderes nesta terça-feira.
Apesar da ofensiva dos apoiadores de Bolsonaro, o Centrão será o fiel da balança na eventual definição de qual texto será votado. Nos bastidores, lideranças do grupo reconhecem haver clima para votar matéria desta natureza, mas demonstram que há resistência em relação a uma versão que proponha um perdão tão amplo.
