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Com base no ECA, Justiça interna adolescente que matou criança em escola

A Justiça do Rio Grande do Sul mandou internar, em caráter provisório, o adolescente de 16 anos que invadiu uma escola com um facão e matou um aluno de 9 anos em Estação, no norte gaúcho. O ataque ocorreu na última terça-feira, 8, e deixou outras duas crianças e uma professora feridas.

A ordem de internação provisória é assinada pela juíza Daniela Conceição Zorzi, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Getúlio Vargas. A decisão da magistrada é pautada no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e tem validade por 45 dias. Segundo o artigo 183 da legislação, este é o prazo máximo de internação, sem possibilidade de prorrogação, e o Ministério Público deve se manifestar ao final do período.

O autor do ataque é morador de Estação e, segundo informações preliminares da investigação, teria apresentado “fala desconexa” após ser apreendido. A suspeita, até o momento, é de que o adolescente seja portador de transtorno psiquiátrico — à imprensa local, o prefeito do município, Geverson Zimmermann (PSDB), afirmou que ele teria passado por uma consulta no dia anterior ao crime.

O inquérito é conduzido pela Delegacia de Polícia de Getúlio Vargas. Procurada, a equipe policial informou que a Chefia de Polícia Civil, sediada em Porto Alegre, vetou os delegados de concederem entrevistas e irá se manifestar quando houver informações sobre o caso.

Adolescente chegou à escola sob justificativa de entregar currículo

O crime ocorreu por volta das 10h de terça-feira, 8. Segundo a polícia, o adolescente chegou à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi afirmando que queria entregar seu currículo para uma possível vaga na instituição. Ele pediu para ir ao banheiro e, no caminho, invadiu uma sala do terceiro ano do ensino fundamental, tirou um facão da mochila, dando início ao ataque.

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A vítima fatal foi Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Além dele, foram atingidas duas meninas de 8 anos e a professora, de 34 anos, que tentou impedir o ataque. As três foram hospitalizadas em instituições na região e não correm risco de morte.

Após o ataque, o adolescente foi contido por funcionários da escola até a chegada da Polícia Militar. Em sua mochila, foi encontrado outro facão, além do utilizado no crime, e um punhado de “bombinhas”. A reportagem de VEJA confirmou a identidade do jovem, mas seu nome e fotos não serão revelados por se tratar de um menor de idade — a conta do garoto no Instagram foi desativada depois do crime.

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