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COB lança curso de combate à manipulação de resultados no esporte

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), anunciou, nesta quarta-feira, 12, a criação de um curso de combate à manipulação de resultados, voltado para pessoas envolvidas com o meio esportivo, especialmente atletas, treinadores e gestores. A informação foi divulgada durante o II Fórum do Esporte Seguro, realizado no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de atletas, autoridades e especialistas no assunto.

“A ideia do nosso comitê é educar e propagar informações para o máximo de atletas e pessoas envolvidas com esporte para que eles tenham orientação sobre o assunto e também possam se proteger. É fundamental que todos saibam o quanto é nocivo para o esporte, para a ética, para os patrocinadores e torcedores a manipulação de resultados”, afirmou a VEJA o diretor-geral do COB, Emanuel Rego. 

Ao longo do Fórum, foi apontada uma estimativa sobre o aumento do número de apostas em diversas modalidades nas últimas Olimpíadas de Verão, especialmente no futebol e basquete – esportes mais afetados pela manipulação de resultados. Hoje, todos os eventos, esportes e disciplinas são oferecidos nos mercados de apostas.

“As casas de apostas são uma realidade. Nós precisamos agora levar conscientização sobre os possíveis perigos para o esporte em geral. Credibilidade, integridade e a ética são fundamentais para que a gente consiga ter um esporte cada vez mais valorizado”, disse a VEJA o Gerente Executivo de Educação e Fomento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Sebastian Pereira.

Durante o evento, a reportagem exclusiva da VEJA, de André Rizek, que revelou o escândalo da Máfia do Apito, em setembro de 2005, foi apontada como um marco para o esporte no Brasil. A matéria mostrou como árbitros manipularam resultados do campeonato brasileiro de futebol no ano de 2005 à serviço de quadrilhas de apostadores. (https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/o-calote-de-edilson-pereira-de-carvalho-pivo-da-mafia-do-apito/)

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“Foi muito importante para mostrar como não só atletas podem manipular competições mas também árbitros. Isso, no âmbito esportivo, teve um reflexo muito grande: onze partidas foram anuladas e tiveram que ser realizadas novamente, o que acabou alterando também o resultado da competição”, contou Thiago Grigorovski, membro do Comitê de Integridade das Competições e Combate a Manipulação de Resultados da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), durante painel sobre regulamentação e legislação. Ele destacou ainda o atraso para que ocorressem mudanças no âmbito jurídico. Na época, sequer havia a tipificação da manipulação de resultados como crime no Brasil.

O II Fórum Esporte Seguro é uma iniciativa que busca fortalecer a cultura de jogo responsável e consolidar um ambiente esportivo mais ético e transparente. Participaram Giovanni Rocco Neto, secretário nacional de Apostas Esportivas; Donata Taddia, do Comitê Olímpico Internacional; e José Eduardo Gussem, oficial de integridade da CBF.

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