O presidente nacional do PT, Edinho Silva, criticou a postura do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) , durante a megaoperação que a polícia carioca fez contra o Comando Vermelho nesta terça-feira, 28 — até o momento, 64 mortes foram confirmadas. O cacique petista disse que Castro “politizou” o episódio ao afirmar que teve pedidos de ajuda negados pelo governo federal e que a operação foi “desastrosa”. O Ministério da Justiça rebateu a acusação, afirmando que ela não procede.
“Mais de 60 vidas foram perdidas no Rio de Janeiro em uma operação desastrosa para toda a população, inclusive para as forças de segurança, já que ao menos quatro policiais morreram. O governador do Rio de Janeiro politizou essa tragédia e disse que não recebeu ajuda do governo federal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que todas as vezes que o estado pediu a Força Nacional foi atendido”, disse Edinho no X (antigo Twitter).
Mais de 60 vidas foram perdidas no Rio de Janeiro em uma operação desastrosa para toda a população, inclusive para as forças de segurança, já que ao menos quatro policiais morreram.
O governador do Rio de Janeiro politizou essa tragédia e disse que não recebeu ajuda do governo…
— Edinho Silva (@edinhosilva) October 28, 2025
Além de citar alguns feitos do governo Lula na área da segurança, Edinho também cobrou o apoio de Castro à PEC da Segurança, proposta do governo federal que federaliza o combate às organizações criminosas e milícias. “Será que o governador pediu à bancada do RJ para aprovar esse texto que tanto pode colaborar com a segurança pública? Fica o questionamento.”
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, convocou uma coletiva nesta tarde, depois das declarações de Castro, e afirmou que a pasta não recebeu nenhum pedido de ajuda do governo fluminense. Ele também afirmou que Lula é contra o uso das Forças Armadas em operações como a desta terça e que, para que isso fosse eventualmente autorizado, seria necessária uma GLO — decreto de Garantia da Lei e Ordem.