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Citroën entra na Fórmula E e mira vitórias já na primeira temporada

A Fórmula E vive um bom momento. A décima primeira temporada, que acabou em outubro, alcançou a marca recorde de 561 milhões de espectadores pela TV, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Além disso, tem um dos públicos mais engajados, com 58% dos fãs “muito envolvidos” em acompanhar o campeonato. A popularidade da eletrificação e a realização das corridas em ambientes urbanos tem atraído a atenção do público. E a próxima temporada começa neste sábado, 6, no Anhembi, em São Paulo, como uma novidade importante: a entrada da equipe Citroën Racing na disputa. 

A Citroën tem um histórico vitorioso no automobilismo. Na década de 1990, dominou as competições de rally, ganhando quatro edições do Dakar e foi cinco vezes campeã da Copa do Mundo de Rally Cross-Country da FIA. A marca Citroën Racing foi criada em 2009, como parte de uma reestruturação da empresa, enquanto a DS se tornou uma submarca envolvida em outras competições.  

Agora, a empresa francesa vai competir fora da terra, em circuitos urbanos, com carros 100% movidos a eletricidade. “Quando a oportunidade de participarmos da Fórmula E surgiu, dissemos sim na hora”, afirma Federico Goyret, diretor global de marketing da Citroën, em coletiva de imprensa realizada em São Paulo. “Para uma marca da Europa, onde a transição para um modelo 100% sustentável de mobilidade é prioridade, é um objetivo comercial importante”, diz o executivo. “E acreditamos que as corridas de carros elétricos podem ser divertidas e focadas em performance”, completa.

Para a temporada de estreia, a Citroën reuniu uma dupla experiente de pilotos: o francês, Jean-Éric Vergne, bicampeão da Fórmula E, uma vez pela Renault e outra pela DS, e o neozelandês Nick Cassidy, vencedor em outras competições, como a japonesa Super Formula. “A Citroën já ganhou tudo no automobilismo e queremos manter esse legado”, diz Vergne. “Nosso objetivo é vencer esse ano, mas nosso compromisso é de longo prazo”. 

Participar da Fórmula E também tem vantagens do ponto de vista do desenvolvimento de novas tecnologias. Como explica Goyret, os carros da Fórmula 1 são muito diferentes dos carros convencionais de passeio, o que limita um pouco a quantidade de tecnologias que podem ser adaptadas para o uso fora das pistas. “Na Fórmula E, os motores, as baterias, tudo funciona exatamente como nas versões de passeio”, diz ele. É claro que na competição tudo é projetado para maximizar a eficiência dos componentes. Mas existem avanços que podem ser aplicados na vida real em breve, como os carregadores ultrarrápidos, de 650 kwh, usados nas corridas. “Tudo deve ser feito com segurança, mas há muito o que aprender”.

Todos, dos pilotos à equipe técnica, estão empolgados com a próxima geração de carros, que deve fazer sua estreia na temporada 2026/2027. Os modelos atuais já são extremamente velozes. Aceleram de 0 a 100 km/h em 1,82 segundos, e atingem a velocidade máxima de 322 km/h. Os próximos, da Gen4, serão ainda mais rápidos. “Será o maior passo já dado pela Fórmula E em termos de evolução tecnológica”, diz Vergne. “A Citroën entrou no momento certo”, afirma o piloto.

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