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Chefona do Samsung TV Plus: “A receita de Fast vai triplicar até 2028”

Aline Jabbour, diretora de desenvolvimento de negócios da Samsung para a América Latina, foi uma das figuras à frente da implementação do canal Veja+ no Samsung TV Plus, serviço do modelo Fast TV (Free Ad-Supported Streaming Television — televisão por streaming que oferece conteúdo gratuitamente, sem a necessidade de assinatura paga, mas com a exibição de anúncios durante a programação). Em entrevista a VEJA, a executiva explica os próximos passos do canal e do futuro do negócio no Brasil e no mundo.

Confira a entrevista na íntegra:

Quanto tempo é necessário para avaliar os primeiros resultados de um canal como o Veja+? Precisamos de pelo menos uns três meses, agora que começamos a divulgar e a promover cada conteúdo. Depois desse período já conseguimos entender melhor o que funciona. Depois de um tempo, será possível analisar o que precisa ser ajustado e fazer as mudanças necessárias. Como é o primeiro canal, é importante dar tempo para conhecer a dinâmica.

Como é feita a curadoria do conteúdo para a plataforma do Samsung TV Plus? Nós entendemos a televisão como uma janela para o mundo. E nós sabemos que em muitas casas do nosso país é a janela mais bonita. Então, queremos sempre ter conteúdo que faça com que o nosso usuário viaje, saia um pouco da sua realidade do dia a dia. Por isso, buscamos conteúdos que informem, eduquem e entretenham. O canal Veja+, por exemplo, está totalmente alinhado com essa proposta, porque ele traz informação, traz a possibilidade do consumidor se colocar no lugar de outra pessoa. Então, quando o conteúdo faz essa ponte que queremos de ser uma forma dele viajar, seja com um programa de viagens ou de culinária, que faça o usuário ser transportado para algum lugar, ele faz parte da nossa estratégia. O papel da televisão não é ser só um entretenimento, ela também tem um papel social de educação. Muitas pessoas no Brasil são educadas pela televisão, então é esse papel que queremos ter no mercado.

Por que faz sentido para os leitores da Abril consumirem também o conteúdo em vídeo? Quando olhamos para todo o conteúdo que tem no canal Veja+, ele tem tudo que gostamos de proporcionar para o nosso consumidor. E existe o fã desse conteúdo. É importante trazer para o canal aqueles fãs do conteúdo. Tem o programa das Páginas Amarelas no canal, e as pessoas se identificam com ele. Então, é legal trazer a linguagem das revistas porque os leitores já conhecem. É importante trazer o consumidor do impresso para a TV, porque ele se conecta com aquele conteúdo. A linguagem pode mudar, mas a essência é a mesma. O leitor não vai migrar, ele vai ter o conteúdo em uma nova plataforma.

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Em um cenário em que muitas pessoas já assinam serviços de streaming sob demanda, por que o modelo Fast faz sentido para o consumidor? O Fast é uma evolução natural da forma tradicional de assistir televisão. A grande diferença é que ele tem mais profundidade do que a televisão aberta. Muitas pessoas falam que a TV vai morrer, porque as pessoas vão querer só conteúdo on demand daqui para frente por causa do poder de escolha, mas, o que se vê na prática é justamente o contrário. Existe um momento do dia que as pessoas querem sentar no sofá e relaxar. O que as pessoas de fato não querem mais é pagar por uma coisa que elas não vão assistir. Quando uma pessoa assina um pacote de TV paga, ela acaba assistindo três ou quatro canais, e aí ela sente que está desperdiçando dinheiro. Mas aí quando ele passa a usar o Fast, que também tem dezenas de canais, mas de graça, isso soa vantajoso. O Samsung TV Plus está disponível em 22 milhões de televisores, é um alcance imenso.

Quais tipos de conteúdo são mais atrativos para os usuários do Samsung TV Plus? Quando falamos sobre o comportamento de sentar e relaxar no sofá, o que funciona é o conteúdo que diverte, educa e se integra à rotina do consumidor. Isso pode ser um documentário em episódios, um programa de culinária, ou até novelas. O segredo está na estratégia de programação — como reprisar e distribuir esse conteúdo ao longo da grade para alcançar diferentes públicos ao longo do dia. Ou seja, todo conteúdo pode ser bom para o Fast, desde que saiba programá-lo dentro de uma grade que faça sentido e atinja mais pessoas. Notícias ao vivo sempre estão entre os mais vistos, assim como conteúdos infantis e novelas. Também temos muito sucesso com programas de vida real, mas sem ser reality show, como decoração de casas e atrações em que pessoas estão cozinhando juntas.

Hoje o Samsung TV Plus está disponível apenas em TVs da marca. Há planos de expandir para outros dispositivos, como celulares de outras fabricantes, por exemplo? Em outros países, já estamos no mobile e na web, e também desenvolvemos canais que vão para plataformas de terceiros. Para o Brasil, ainda é algo a longo prazo, porque envolve negociação de direitos, de parceiros certos que estejam alinhados com a nossa estratégia e contratos que prezem pela nossa independência em relação aos conteúdos.

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Em termos de modelo de negócio, o Fast é realmente lucrativo? Sim. Primeiro porque agrega valor às TVs da Samsung, já que oferecemos um serviço adicional para quem compra nossos televisores smart [o Samsung TV Plus está disponível nos aparelhos fabricados a partir de 2017], que são dispositivos muito tecnológicos. Segundo porque há monetização direta, principalmente por publicidade. A receita global de Fast vai triplicar até 2028, e o Brasil será o quarto país em relevância de geração de receita. Isso mostra que é um movimento não só por aqui, mas no mundo.

Quais são os próximos passos do Samsung TV Plus? Estamos investindo em navegação mais intuitiva, para facilitar o acesso ao conteúdo. Também teremos o lançamento de 45 novos canais na América Latina até o final do ano, incluindo séries, novelas e filmes. Vamos trazer de volta o Cine Pipoca de Natal e transmitir com exclusividade a turnê mundial dos Jonas Brothers. Além disso, seguimos reforçando nossa curadoria humana de filmes e maratonas, em complemento aos canais lineares.

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