O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi às redes sociais nesta quarta-feira, 10, para afirmar que Charlie Kirk, ativista de extrema direita e seu ferrenho apoiador, faleceu aos 31 anos após ter atingido por tiros enquanto fazia uma palestra na Universidade do Vale de Utah, no centro-oeste do país. Nos últimos anos, ele havia se tornado uma das jovens figuras mais influentes na direita americana e se estabeleceu como um aliado próximo do presidente.
A morte foi também confirmada pelo porta-voz de Kirk, Andrew Kolvet.
“O Grande, e até mesmo Lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia ou tinha o Coração da Juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Melania e eu enviamos os pêsames à sua linda esposa Erika e à família. Charlie, nós te amamos!”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.
Segundo a universidade, Kirk foi atingido cerca de 20 minutos após iniciar seu discurso em um evento da Turning Point USA, organização cofundada por ele que defende políticas conservadoras em escolas e universidades. O ativista foi retirado do local por sua equipe de segurança. A porta-voz da universidade, Ellen Treanor, afirmou que o atirador estava no Losee Center, um prédio a cerca de 180 metros de distância de onde estava seu alvo.
A universidade havia informado inicialmente que o suspeito havia sido detido. Mas as autoridades determinaram, depois, que uma pessoa detida pelos policiais, vista em vídeos que circulam nas redes sociais, não era o atirador, de acordo com outro porta-voz, Scott Trotter. As informações são do chefe de polícia da universidade, que trabalha em coordenação com as autoridades policiais de Utah.
“Não há nenhum suspeito preso; a investigação está em andamento”, declarou Ellen Treanor. As atividades de busca continuam no campus, onde vários grupos de agentes armados e equipados fazem varreduras a pé e em caminhões.
Pelo menos 1.000 pessoas estavam presentes no evento na Universidade Utah Valley no momento do ataque, segundo Trotter. O campus foi fechado após o tiroteio e que as aulas foram canceladas até novo aviso.
O FBI acompanha a investigação aberta pelo Departamento de Justiça. A procuradora-geral, Pam Bondi, enviou agentes da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) ao local.
Vídeos postados online mostram pessoas fugindo do evento após o disparo de um tiro. Uma gravação parece mostrar a cabeça de Kirk sendo jogada para trás e sangue escorrendo de seu pescoço.
Charlie Kirk has been shot.
Someone who was in the debate with him at the time it happened informed me that he’s not okay.
Reports that he was hit left of centre.We have our differences but this is not the answer. He has two children and a wife for God sake. pic.twitter.com/pkBVeEdNqY
— notsoErudite (@notsoErudite) September 10, 2025
Tanto democratas e quanto republicanos rapidamente condenaram o tiroteio com postagens nas redes sociais e pronunciamentos no Congresso. Em uma publicação, o democrata Gavin Newsom, governador da Califórnia, chamou a violência de “repugnante, vil e repreensível”. Trump ordenou que as bandeiras americanas fossem baixadas a meio mastro até a noite de domingo em homenagem ao aliado.
Charlie Kirk é um dos mais proeminentes ativistas pró-Trump e personalidades da mídia conservadora nos Estados Unidos. Ao longo da última década, ele conquistou milhões de seguidores nas redes e teve papel central na mobilização de eleitores jovens em apoio a Trump, especialmente durante a última campanha presidencial. Embora não fizesse parte do governo, sua influência na Casa Branca era considerável. Desde a eleição de novembro, ele ajudou a avaliar possíveis indicados, testando sua lealdade ao presidente.
Seus eventos em campi universitários costumam atrair grandes multidões e chamar atenção da mídia. Sua aparição nesta quarta em Utah foi a primeira parada da turnê “American Comeback”, ou “retorno americano”, em tradução livre, organizada pela Turning Point USA.