counter Chanceler alemão enfrenta pressão para endurecer posição contra Israel – Forsething

Chanceler alemão enfrenta pressão para endurecer posição contra Israel

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, enfrenta pressão intensa para endurecer a posição do país contra Israel em meio ao conflito na Faixa de Gaza. Merz é o líder da União Democrata-Cristã (CDU) e, apesar de subir o tom em falas recentes sobre a crise humanitária no enclave palestino, deixou seu país de fora de uma declaração publicada no início da semana, pedindo o fim da guerra.

A declaração foi emitida na segunda-feira 21, por 28 países ocidentais e pela comissária de gestão de crises da União Europeia, condenando o “assassinato desumano” de palestinos, a “distribuição lenta” de ajuda aos civis e afirmando que a morte de um total de 800 civis em filas por comida foi uma ação “horrível”. Membros da coalizão do chanceler pedem que a Alemanha se junte ao grupo, que conta com potências ocidentais como Reino Unido e França.

A ministra do desenvolvimento internacional da Alemanha, Reem Alabi Radovan, declarou abertamente estar insatisfeita com a decisão do país de não assinar a petição. “As exigências contidas na carta dos 29 parceiros ao governo israelense são compreensíveis para mim. Eu gostaria que a Alemanha se juntasse ao sinal enviado pelos 29 parceiros”, afirmou ela, que é membro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), de centro-esquerda.

Na noite de terça-feira 22, Merz justificou a não adesão, afirmando que o Conselho Europeu já havia emitido uma declaração conjunta com conteúdo “praticamente idêntico” àquele presente na carta da segunda-feira 21. “Fui um dos primeiros a dizer claramente que a situação na região não é mais aceitável”, afirmou o mandatário.

O chanceler disse que conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na última sexta-feira 18. Ele afirmou ter dito “clara e explicitamente” que a Alemanha não concorda com a “política do governo israelense sobre Gaza”.

Continua após a publicidade

Friedrich Merz é um dos poucos líderes europeus que ofereceu receber Netanyahu em seu país sem prendê-lo. O primeiro-ministro israelense é alvo de um mandado do Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) por suspeita de crimes de guerra.

As acusações são rejeitadas por Israel, que acusa o TPI de ser enviesado e sua investigação, de ter motivações políticas. A corte em Haia determina que todos os signatários do seu estatuto fundador – o que inclui a Alemanha – são convocados a deter quem é alvo de mandados, como Netanyahu, caso entre em seu território.

+ Mais de 100 ONGs alertam para ‘fome em massa’ provocada por Israel em Gaza

Continua após a publicidade

Herança

De acordo com a agência de notícias Reuters, autoridades alemãs informaram que a postura cautelosa do governo em relação a Israel faz parte da razão de estado do país (Staatsraison, em alemão) devido ao legado deixado pelo Holocausto.

Há uma crença de que é possível ter mais sucesso na mediação do conflito em Gaza a partir de canais diplomáticos do que através de declarações públicas. No entanto, críticos de Merz afirmam que as ações da Alemanha Nazista não podem ser uma desculpa para ignorar os crimes israelenses.

Publicidade

About admin