O cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor às 6h00 desta sexta-feira, 10, de acordo com Israel, e o Exército do país afirmou que seus soldados começaram a retirada parcial do enclave, para a linha determinada pelo acordo. As delegações israelense e do Hamas aceitaram os termos da trégua na quarta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avançar uma proposta para a paz; o texto foi ratificado pelo governo de Benjamin Netanyahu na noite de quinta.
As tropas se posicionaram de acordo com o plano de Trump, afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), mas continuarão a “remover qualquer ameaça imediata” se for necessário. A confirmação da entrada em vigor da trégua ocorreu após uma confusão em torno do horário, uma vez que bombardeios continuaram atingindo o território palestino durante toda a noite e até esta manhã.
Os Estados Unidos enviaram 200 soldados para Israel para ajudar a coordenar a operação, mas eles não entrarão em Gaza.
O acordo também prevê a libertação dos reféns que foram sequestrados pelo grupo terrorista no ataque contra comunidades do sul israelense em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza. O Hamas agora tem 72 horas para soltar os 48 israelenses em posse do grupo, vinte dos quais estariam com vida, enquanto Israel vai soltar entre 1.700 e 2.000 palestinos detidos em prisões do país.
Assim que o acordo estiver em vigor, a entrada de ajuda humanitária em Gaza será permitida, embora o cronograma desse fluxo não tenha sido especificado. Não se tabe também se todas as organizações estrangeiras estariam liberadas para entrar no território e que tipo de suprimentos poderiam passar pela fronteira nessa retomada. Segundo uma fonte citada pela emissora britânica BBC, Israel permitirá que 400 caminhões de ajuda entrem no enclave diariamente durante os primeiros cinco dias, um número que aumentaria gradualmente nas etapas posteriores. Mas nenhuma das partes confirmou essa informação.