O IBGE divulgou um levantamento que analisa as condições das favelas do estado de São Paulo. Com base no Censo de 2022, cerca de 3,6 milhões de pessoas vivem dentro de comunidades, o que equivale a 8% da população paulista.
O retrato demográfico das favelas paulistas aponta uma população majoritariamente formada por pessoas que se declaram pardas (52%), seguidas por brancos (34,4%) e pretos (13,2%). Crianças e adolescentes de até 19 anos representam cerca de 1 milhão de moradores, o equivalente a 32% da população dessas áreas. A maior concentração está na faixa entre 20 e 59 anos, com mais de 2 milhões de pessoas, o que corresponde a 59% do total. Já os idosos somam aproximadamente 319 mil moradores, ou 8,9%.
A pesquisa também evidencia que os gargalos de infraestrutura seguem sendo um dos maiores entraves para a qualidade de vida nas comunidades. Um dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi a escassez de áreas verdes: em 66,4% das regiões onde vivem os moradores das favelas não há nenhuma árvore. Fora desses territórios, a realidade é bem diferente, apenas 25,2% das áreas urbanas apresentam essa mesma carência.
A falta de serviços e condições básicas ainda é uma marca importante. De acordo com o levantamento, 15,2% das residências não contam com iluminação pública. Embora a pavimentação seja realidade para boa parte das vias, 44,8% dos moradores não possuem calçada em frente às suas casas. Fora das favelas, esse problema atinge apenas 4,8% da população.