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Centenas de milhares de pessoas protestam contra Netanyahu e exigem o fim da guerra, em Israel

Uma greve geral que mobiliza centenas de milhares de pessoas em Israel, neste domingo, 17, se tornou o maior protesto contra o premiê Benjamin Netanyahu, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, iniciada em outubro do de 2023.

As ruas de diversas cidades ficaram toalmente lotadas, especialmente, ao redor dos locais onde se concentram as mobilizações pela soltura dos reféns que ainda se encontram em poder do Hamas. A imprensa israelese contabiliza ao menos 220 000 manifestantes em todo o país. A polícia chegou a usar a força para reprimir a mobilização em alguns pontos da capital, Tel Aviv.

A manifestação ocorre após Netanyahu ordenar que Gaza seja totalmente ocupada pelas Forças de Defesa de Israel, inclusive as zonas onde os reféns podem estar sendo mantidos em cativeiro, colocando em risco suas vidas. O plano, contudo, ainda não foi totalmente executado. O primeiro-ministro considera que deve seguir com a ofensiva contra o Hamas, apesar de o grupo terrorista palestino estar desmobilizado e de ter perdido quase toda a sua capacidade militar.

Um cessar-fogo imediato é a principal condição para que os reféns sejam libertados, o que tem feito Netanyahu perder apoio entre a população. Neste domingo, dia útil em Israel, manifestantes ocuparam as principais vias das cidades com bandeiras do país e faixas amarelas, cor que passou a simbolizar o movimento de apoio às famílias dos sequestrados e fotos das pessoas que seguem cativas.  A rodovia que liga Jerusalém e Tel Aviv chegou a ser fechada.

Reunido com o gabinete que compõe o governo de extrema-direita, Netanyahu criticou o movimento, alegando que ele fortalece a posição do Hamas e atrasa a libertação dos reféns.”Estão assegurando que os horrores do 7 de Outubro irão se repetir de novo e de novo”, afirmou o premiê.

Na praça dos reféns, políticos de oposição rebateram as declaraçoes do primeiro-ministro. Yair Lapid, que chegou a liderar o governo por seis meses, antes dos ataques de 7 de outubro,  disse que os reféns “não são peões que nosso governo pode sacrificar para avançar a guerra”.

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