A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou a ideia da criação da primeira competição indígena nacional. Nomeado “Taça dos Povos Indígenas”, o torneio foi idealizado pela empresa Four X Entertainment, e será realizado no segundo semestre deste ano, reunindo mais de 2.400 atletas de 48 etnias de todas as regiões do Brasil.
No dia 15 de julho, uma cerimônia realizada na Aldeia Multiétnica, em Alto Paraíso de Goiás (GO), marcou a chancela, não só da CBF, mas também dos ministérios da Cultura, dos Povos Indígenas e do Esporte, e da Prefeitura do município, para a criação da competição. O evento contou com representantes dessas entidades, além de lideranças tradicionais e representantes de diversas etnias indígenas.
A ideia é que o torneio seja dividido em quatro etapas, sendo as duas primeiras em setembro, nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país, e as duas últimas no mês de outubro, nas regiões Sul, Sudeste e Norte.
Para Líbia Miranda, diretora executiva da Four X Entertainment, a cerimônia simboliza o espírito do projeto. “Foi emocionante ver tantas culturas reunidas em um território sagrado, celebrando o futebol como ferramenta de união e resistência. A Taça nasce para ser muito mais do que um campeonato, mas uma plataforma de visibilidade e fortalecimento dos povos indígenas dentro e fora do esporte”, disse.
Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara destacou a importância histórica do torneio.
“Esta iniciativa reafirma o protagonismo dos nossos povos também no esporte, enaltecendo culturas, territórios e saberes ancestrais. O futebol, que é paixão nacional, torna-se aqui uma ferramenta de união, visibilidade e fortalecimento da nossa identidade. Tenho certeza de que a Taça dos Povos Indígenas será um grande marco e deixará um legado que vai além das fronteiras do esporte”, afirmou.
Além da CBF e dos ministérios, a Taça conta com o apoio da CBF Academy, da CBDU, do Instituto Inclusion For All e da própria Aldeia Multiétnica.