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Castro cobra maior cooperação do governo federal com segurança no Rio: ‘guerra está passando dos limites’

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), pediu maior integração com o governo federal na Segurança Pública do estado, ao tratar da megaoperação deflagrada nesta terça-feira, 28, contra o Comando Vermelho. A ação acontece nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital carioca, e já deixou 20 mortos, entre eles dois policiais. Para Castro, o enfrentamento ao crime organizado em território fluminense “é uma guerra que está passando os limites” e, por isso, é precido “ter um apoio maior, até das Forças Armadas”. O mandatário se queixou por não ser atendido, em outras ocasiões, ao pedir o reforço de blindados federais, mas disse não ter solicitado esse apoio desta vez.

“Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com a Segurança Pública. É uma operação de estado de defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o estado deve estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio maior, até das Forças Armadas”, afirmou Castro, que completou: “É uma luta que já extrapolou toda a ideia de Segurança Pública e que está na Constituição: quando você tem essa quantidade de armas que vem do tráfico internacional, não é só responsabilidade do estado. O Rio está sozinho nessa guerra”.

Ao apelar para uma maior integração com o governo federal no combate ao crime organizado, Castro mencionou ter pedido o reforço de blindados das Forças Armadas em ao menos três oportunidades no passado, para operações em solo fluminense. Mas destacou que o pedido não foi contemplado. O governador, contudo, disse que para a operação desta terça, optou por não pedir novamente.

O mandatário atribuiu essa negativa a uma escolha política do governo federal, mas esclareceu não se tratar de uma questão partidária. Para Castro, o problema ocorre porque “a Segurança Pública não está entre as prioridades” do Planalto.

“Já entendemos haver uma política de não ceder. Disseram que precisa de uma Garantia de Lei e Ordem (GLO). Depois, disseram que poderiam emprestar e voltaram atrás, porque o servidor que opera o veículo é federal e deveria ter a GLO, enquanto o presidente é contra a GLO. Entendemos que a realidade é essa e não vamos ficar chorando pelos cantos”, completou.

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