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Casal de velejadores inicia jornada pelo Pacífico com parada no Brasil

Após 30 anos explorando o extremo sul do planeta, os alemães-venezuelanos Wolf Kloss e Jeannete Talavera partiram para um desafio de dois anos, indo da Terra do Fogo ao Japão. Na rota de velejadores internacionais, a Marina Itajaí, complexo náutico localizado no litoral-norte de Santa Catarina, foi a primeira escala do casal para preparação do veleiro.

A bordo de um veleiro com 66 pés, eles saíram da Terra do Fogo, arquipélago localizado no extremo sul da América do Sul, e seguirão rumo ao Japão, às Ilhas Aleutas e ao Alasca — passando pelo Caribe, o Canal do Panamá e as ilhas do Pacífico. A aventura náutica foi a forma escolhida pelo casal para celebrar suas conquistas e os 30 anos de exploração na Terra do Fogo, uma das regiões mais remotas e deslumbrantes do planeta. Familiares e amigos também irão se juntar aos velejadores em diferentes trechos da expedição. “Meu marido basicamente vive no veleiro e, agora que nossos filhos cresceram e seguem seus próprios caminhos, vimos a oportunidade perfeita para voltar a explorar. Queremos descobrir novos lugares, sempre usando o barco como nosso lar”, conta Jeannete, velejadora há mais de 20 anos.

O casal, que reside há 35 anos em Puerto Williams, na Ilha Navarino, Chile, conhecida como “Fim do Mundo”, e já realizou expedições pelo Cabo Horn, Geórgia do Sul e Antártica, chegou ao Brasil no último mês. Eles escolheram a Marina Itajaí para preparar o veleiro para as próximas etapas da viagem. Com quase 20 metros de comprimento e 5,5 metros de largura, o veleiro SV SMA foi projetado para longas travessias oceânicas e já realizou feitos notáveis, como a travessia da temida Passagem Noroeste, em 2011. “O barco precisa de uma manutenção rigorosa, essencial após navegar em condições tão extremas. O complexo oferece tudo o que precisamos para esse trabalho. Além disso, está relativamente perto (cerca de 20 dias de navegação desde Puerto Williams) e o clima mais frio do inverno é ideal para conseguirmos trabalhar”, explica Jeannete.

Durante a estadia, o veleiro passou por uma série de ajustes e melhorias, incluindo a soldagem de suportes na popa para facilitar o manuseio do bote de apoio — um reforço importante para as próximas etapas da expedição pelo Pacífico, que estão previstas para iniciar no final de julho. “Temos recebido, com frequência, velejadores internacionais que buscam a Marina Itajaí pela estrutura oferecida e a variedade de serviços especializados”, destaca Carlos Gayoso de Oliveira, diretor da Marina Itajaí, cujo complexo ampliou sua estrutura para 405 vagas secas e molhadas.

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