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Casa Branca cria página para expor jornalistas e veículos críticos ao governo

A Casa Branca lançou nesta segunda-feira, 1º, uma página oficial dedicada a expor veículos de comunicação e jornalistas que publicam reportagens consideradas desfavoráveis ao governo. Apresentada como uma plataforma de “checagem de fatos”, a iniciativa marca uma nova escalada na ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a imprensa.

Hospedado dentro do portal oficial do governo, o site exibe os chamados “infratores da mídia”. Entre os primeiros alvos estão The Boston Globe, CBS News e o britânico The Independent. Cada reportagem criticada abre uma página individual sobre o jornalista responsável, com supostas “acusações, infrações e a verdade”, segundo o governo.

O novo site também apresenta o ranking dos veículos “mais distorcidos” do país, com o Washington Post no topo, além de slides em PowerPoint e uma lista de jornalistas classificados como “reincidentes”.

Embora dezenas de veículos tenham sido reunidos no chamado “Hall da Vergonha”, a Fox News, aliada histórica do presidente, foi retirada horas após aparecer na lista. Segundo o Washington Post, o sistema de monitoramento da Casa Branca atribuiu equivocadamente perguntas feitas por outro repórter a um jornalista da Fox. Após protestos da emissora, o item foi apagado e agora redireciona para uma página de erro.

O lançamento da plataforma ocorre após a repercussão de um vídeo em que legisladores democratas afirmam que militares devem desobedecer ordens ilegais. Irritado com a cobertura do episódio, Trump publicou na rede Truth Social que os congressistas tiveram comportamento “sedicioso punível com a morte”.

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“Os democratas e a mídia de notícias falsas insinuaram subversivamente que o presidente Trump havia emitido ordens ilegais para membros das Forças Armadas. Todas as ordens emitidas pelo presidente Trump foram legais”, declarou a Casa Branca.

Desde que voltou ao poder, Trump intensificou a ofensiva contra a imprensa. Diversos veículos citados na nova plataforma enfrentam processos bilionários movidos pelo republicano.

Na semana passada, o presidente chamou uma repórter de “idiota” ao ser questionado sobre declarações relativas a afegãos que entraram no país, dias após um ex-colaborador do Exército americano, nascido no Afeganistão, matar uma integrante da Guarda Nacional a poucos quarteirões da Casa Branca.

Em outubro, jornalistas abandonaram uma coletiva no Pentágono depois que o Departamento de Defesa tentou impor uma nova norma de acesso a informações. O texto, considerado excessivamente restritivo, foi rejeitado por ABC, CBS, NBC e até pela conservadora Fox News.

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