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Canadá reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, diz premiê em meio a crescente pressão internacional

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, anunciou nesta quarta-feira (30) que o país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro de 2025.

A decisão vem em meio a uma onda de reconhecimento diplomático por parte de países ocidentais e ao agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza.

“A magnitude do sofrimento humano em Gaza é intolerável”, afirmou Carney após uma reunião extraordinária de gabinete convocada para tratar da escalada da violência.

Nos últimos dias, imagens de fome, destruição e colapso dos serviços básicos no enclave palestino têm gerado indignação mundial e aumentado a pressão sobre líderes do Ocidente.

O gesto canadense se soma ao de outros países que recentemente anunciaram medidas semelhantes. Na terça-feira (29), o primeiro-ministro britânico Keir Starmer declarou que o Reino Unido também reconhecerá a Palestina como Estado soberano. Na semana anterior, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França será o primeiro país do G7 — e o maior da Europa — a formalizar esse reconhecimento.

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Além de França, Reino Unido e Canadá, outros países europeus também anunciaram a intenção de reconhecer a Palestina, incluindo Irlanda, Espanha, Noruega, Eslovênia e Malta. A tendência reflete uma mudança significativa no posicionamento diplomático do Ocidente, que até recentemente evitava se comprometer com um reconhecimento unilateral. Atualmente, mais de 140 países já reconhecem o Estado palestino, entre eles o Brasil, a China, a Índia e a maior parte das nações do Sul Global.

Embora simbólico do ponto de vista prático, já que não implica o estabelecimento imediato de um Estado soberano com fronteiras definidas, o reconhecimento é visto como um instrumento de pressão diplomática crescente contra Israel, cuja ofensiva militar em Gaza tem sido alvo de duras críticas internacionais.

A ONU e diversas organizações humanitárias alertam para uma catástrofe iminente no território palestino.

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Nos últimos dias, bombardeios atingiram hospitais, escolas e comboios de ajuda, enquanto o bloqueio à entrada de suprimentos agrava o quadro de fome extrema.

Estima-se que mais de 38 mil pessoas já tenham morrido desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O movimento de reconhecimento do Estado palestino por potências ocidentais ocorre em um momento decisivo, que pode redefinir os contornos do processo de paz no Oriente Médio, e sinaliza que, para um número crescente de países, a criação de dois Estados é o único caminho viável para pôr fim ao conflito.

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