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Câmara: esquerda faz ato para lembrar êxodo palestino na criação de Israel

A Câmara dos Deputados realiza, nesta quarta-feira, 2, uma homenagem aos 77 anos da Nakba, data política que relembra o momento em que cidadãos palestinos tiveram que deixar suas casas e terras em função da criação do estado de Israel pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. A solenidade foi solicitada por 37 parlamentares, sendo 31 do PT, três do PSOL, dois do PCdoB e um do PDT.

Vão participar do evento como convidados o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o ex-chefe do Itamaraty, Celso Amorim. Também foram convidadas lideranças palestino-brasileiros como o presidente da Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, e o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.

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“A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ao aprovar o plano de partilha da Palestina, em 29 de novembro de 1947, desencadeou um processo de expulsão do povo palestino de suas terras, dando início ao que foi denominado de Nakba — a grande catástrofe — referência às centenas de milhares de palestinos levados ao exílio e impedidos de retornar ao seu território, representando, ainda hoje, o maior contingente de refugiados do planeta, tornando, com seus descendentes, 6,2 milhões”, diz parte do texto da justificativa do evento.

“O Brasil é o país com uma das maiores comunidades palestinas do mundo. Irmanados ao povo brasileiro, o povo palestino tem vivido harmoniosamente com outros povos que aqui buscaram acolhimento, contribuindo com seu trabalho e cultura para a construção da nação brasileira. Após os acontecimentos recentes, com o genocídio imposto à população palestina, especialmente em Gaza, em sua maioria mulheres e crianças, vítimas da violência, da fome e da desumanidade, a data se reveste de um significado ainda mais doloroso, exigindo uma reflexão da comunidade internacional sobre o direito do povo palestino às suas terras, à autodeterminação, a um Estado Nacional autônomo e viável e a viver com dignidade com suas famílias e comunidades”.

 O evento ocorrerá no plenário da Câmara dos Deputados, com início, às 11h.

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O documento de solicitação da realização do evento é capitaneado pelos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ) e conta com as demais assinaturas:

    1. Maria do Rosário (PT-RS)
    1. Juliana Cardoso (PT-SP)
    1. Vander Loubet (PT-MS)
    1. Benedita da Silva (PT-RJ)
    1. Rubens Otoni (PT-GO)
    1. Vicentinho (PT-SP)
    1. Rogério Correia (PT-MG)
    1. Denise Pessôa (PT-RS)
    1. Helder Salomão (PT-ES)
    1. Luiz Couto (PT-PB)
    1. Jack Rocha (PT-ES)
    1. Odair Cunha (PT-MG)
    1. Marcon (PT-RS)
    1. Kiko Celeguim (PT-SP)
    1. Erika Kokay (PT-DF)
    1. Camila Jara (PT-MS)
    1. Nilto Tatto (PT-SP)
    1. Valmir Assunção (PT-BA)
    1. Merlong Solano (PT-PI)
    1. Alfredinho (PT-SP)
    1. Josias Gomes (PT-BA)
    1. Patrus Ananias (PT-MG)
    1. Rui Falcão (PT-SP)
    1. Leonardo Monteiro (PT-MG)
    1. Reimont (PT-RJ)
    1. Daiana Santos (PCdoB-RS)
    1. Márcio Jerry (PCdoB-MA)
    1. Zé Neto (PT-BA)
    1. Célia Xakriabá (PSOL-MG)
    1. Luiza Erundina (PSOL-SP)
    1. Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
    1. Tadeu Veneri (PT-PR)
    1. Welter (PT-PR)
    1. Ivan Valente (PSOL-SP)
    1. Dorinaldo Malafaia (PDT-AP)

A posição do governo Lula, do PT e demais partidos de esquerda frente ao contexto bélico na região de Gaza, no Oriente Médio, frequentemente é criticada pela oposição, que, assim como os Estados Unidos, se alinha a Israel. Apesar da atuação do grupo terrorista Hamas, o governo condena os ataques israelenses e fala em genocídio contra o povo palestino.

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