O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), comentou a decisão de Jair Bolsonaro de lançar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência e afirmou que a sua própria pré-candidatura está mantida. Caiado foi o primeiro presidenciável a oficializar a intenção de concorrer ao Planalto em 2026, em abril deste ano.
O governador disse, ainda, respeitar a escolha do ex-presidente. “É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro”, publicou Caiado no X (antigo Twitter).
“Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”, prosseguiu.
Após meses de um discurso de que seria candidato até os “45 minutos do segundo tempo” — uma narrativa cada vez mais arrefecida pelos sucessivos reveses na Justiça –, Bolsonaro, enfim, bateu o martelo sobre ter Flávio como seu sucessor. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 5, depois de semanas de ventilação.
Um dos principais nomes cotados para herdar o espólio do ex-capitão era o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Além dele e de Caiado, também pleiteiam um espaço nas urnas pelo campo da direita e centro-direita os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).
É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro.
Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano…
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) December 5, 2025
Pesquisa
Levantamento sobre a sucessão presidencial divulgado na terça-feira, 2, pelo instituto AtlasIntel apontou que Flávio não terá vida fácil caso leve adiante sua candidatura como representante da direita.
A sondagem apontou que, contra o senador, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria uma das maiores vantagens dentre os cenários testados: 47,3% do petista contra 23,1% do primogênito de Bolsonaro.