O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta terça-feira, 17, a proposta de compra do Banco Master pelo BRB, o banco estadual de Brasília. A negociação, anunciada em março pelo BRB, envolve a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master, de Daniel Vorcaro, o que resulta em uma aquisição de 58,04% do capital social da instituição. O aval à operação ainda depende de aprovação do Banco Central, que regula o mercado bancário.
Na avaliação do Cade, que aprovou a união sem restrição, a junção dos dois bancos resulta em um baixo índice de concentração, inferior a 10%, em todas as atividades em que atuam, o que inclui depósitos, poupança, empréstimos, cartões e pagamentos digitais, entre outros. Isto, de acordo com a entidade, que é a responsável por controlar a concentração de mercado no país, não representa uma ameaça à concorrência no setor.
“A participação conjunta das partes nos mercados com sobreposição horizontal encontra-se abaixo de 20%, filtro a partir do qual se presume posição dominante (…) de mercado, assim como a participação de cada parte nos mercados verticalmente integrados, encontra-se abaixo de 30%, filtro a partir do qual se presume capacidade de fechamento do mercado”, diz o ofício do Cade. “Por todo o exposto, conclui-se que a operação não possui o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial”, conclui.