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Cada vez mais deputados veem Tarcísio como adversário de Lula em 2026

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 2, pela Genial/Quaest mostra que quase metade dos deputados federais (49%) acha que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será o adversário de oposição a Luiz Inácio Lula da Silva, que deve tentar sua segunda reeleição em 2026. O número subiu dez pontos percentuais em comparação com o levantamento anterior, feito em maio de 2024 pelo mesmo instituto — na época, 39% dos parlamentares tinham essa mesma visão.

Tarcísio é um dos nomes mais viáveis para suceder o ex-presidente Jair Bolsonaro e ser o representante da direita nas eleições presidenciais do ano que vem — e tem sido pressionado para isso por partidos do centro à direita, além de setores empresariais e do mercado financeiro. Ele reluta em assumir publicamente a condição de candidato, dizendo que sua prioridade é tentar um novo mandato de governador, já que as pesquisas indicam que ele teria a reeleição praticamente garantida.

O mesmo recorte da pesquisa mostra que a percepção sobre Michelle Bolsonaro como a candidata da direita ao Palácio do Planalto em 2026 caiu entre os parlamentares : 6% hoje acreditam nisso contra 15% que dizem a mesma coisa em maio.

O maior impasse para a definição do nome que a direita vai lançar em 2026 é a resistência de Bolsonaro em “passar o bastão”. Apesar de inelegível, por conta de duas condenações na Justiça Eleitoral, ele vem insistindo que irá tentar registrar a sua candidatura e levar a definição nos tribunais até os “48 minutos do segundo tempo”. A mesma pesquisa da Quaest, no entanto, aponta que ele pode estar tendo cada vez menos apoio para isso: mais da metade (51%) dos deputados ouvidos disse que ele deveria desistir da sua postulação para 2026.

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A ideia de Bolsonaro é repetir a estratégia que o petista usou em 2018, quando estava preso por conta da operação Lava-Jato, e o PT registrou sua candidatura. Enquanto a Justiça não terminava de analisar os recursos da sigla, Fernando Haddad, que ainda não era conhecido nacionalmente como é hoje, fez campanha percorrendo o Brasil se apresentando como o nome de Lula.

No entanto, a estratégia de Bolsonaro tem cada vez menos chances de dar certo. Além de ter duas condenações à inelegibilidade na Justiça Eleitoral, o caso da tentativa de golpe de estado no Supremo Tribunal Federal (STF) tem andando a passos cada vez mais largos e caminha rumo a um desfecho que pode levar o ex-presidente para atrás das grades. Por isso, Bolsonaro tem enfrentado pressão dentro da direita para abrir mão da sua candidatura a tempo de ser construído um novo nome alternativo a ele.

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