counter Caçula de Silvio Santos, Renata Abravanel a VEJA: “O luto é muito difícil” – Forsething

Caçula de Silvio Santos, Renata Abravanel a VEJA: “O luto é muito difícil”

Filha caçula de Silvio Santos, Renata Abravanel, 40, é a herdeira número 6 do apresentador — atrás de Cintia e Silvia, rebentas do primeiro casamento dele, com Maria Aparecida, e de Daniela, Patricia, Rebeca e Renata, frutos do relação do dono do SBT com Iris Abravanel. Desde 2015, Renata é a presidente do conselho do Grupo Silvio Santos e mantém uma postura discreta, mas ativa nos negócios da família. Em entrevista a VEJA, a executiva falou sobre a exposição idealizada por Cintia da Caravana do Silvinho, do luto do pai, que partiu um ano atrás, em 17 de agosto de 2024, de sua gestão do legado deixado por ele e ainda da relação com suas irmãs.

Confira a conversa na íntegra:

Como recebeu a ideia do projeto da Cintia para lançar a Caravana do Silvinho? Eu e minhas irmãs super compramos a ideia. Além de ser maravilhosa a ideia, de pensar que todo mundo queria ter e ver um Silvinho assim, era uma maneira de celebrarmos a vida, a história e a trajetória dele de uma maneira que fosse próxima ao público. Então, era uma forma de nós podermos abraçar todo mundo que abraçou a gente desde que ele partiu. Por isso todas nós ficamos encantadas com o projeto. É um jeito mais lindo de homenageá-lo, porque é alegre, colorido, e ele amava a arte e ia amar ver tudo isso. E agora a exposição vai rodar pelo Brasil, para ficar perto do público. É muito bom poder levar essa alegria, é uma forma de honrarmos ele e de certa maneira de também agradecer a todo mundo por esse carinho que nós recebemos desde que ele partiu. Todo mundo vai poder tirar foto, abraçar o Silvinho assim como eu, podendo sentir como se ele estivesse aqui ainda. Bem linda essa ideia da Cintia.

Nesse um ano da partida de Silvio Santos, como tem sido seu processo de luto? O processo de luto assim, é um processo. Eu nunca tinha vivido isso e é muito difícil. Mas é isso, a gente tem que se apegar às boas memórias, aos aprendizados, às fotos e aos vídeos — graças a Deus temos bastante, mas ele faz muita falta. Não dá para falar que não. Para mim, ainda está difícil. Eu achava que depois de um ano estaria melhor, mas não. Ele vai fazer falta para sempre. Todo mundo que passa por isso sabe que às vezes estamos bem, mas então vem uma dor como uma flechada. Ele faz uma falta imensa, mas é proporcional ao quanto ele é importante na nossa vida e por isso ele deixou um buraco enorme.

Lembra a última conversa que teve com ele? Eu lembro. Foi especial, foi ele sendo pai. É engraçado, porque ele foi se afastando do público uns dois anos antes por conta da pandemia, então ele conseguiu encerrar suas coisas bem. Me deu conselhos de vida antes de ir.

Continua após a publicidade

Como presidente do conselho do Grupo Silvio Santos, como tem sido cuidar do legado de seu pai desde a partida dele? Nós temos trabalhado muito nisso desde 2015, que foi quando me tornei presidente do conselho e ele ainda era bastante ativo. Daí começou um período que era quase como uma valsa — tinha alguns temas que ele queria dar a direção final, outros que ele me deixava decidir. Nos últimos anos dele, a empresa já estava andando praticamente sozinha, até por conta da pandemia, daí ele ligava e falava assim: “Vocês estão fazendo isso ou aquilo? Por que? Tá bom, façam como acharem melhor”. Então, já foi uma transição muito suave. Então na vida da empresa, a falta que a gente sente, é do Senor Abravanel como empresário, como chefe, ele faz muita falta mesmo. E ele é insubstituível. Mas a vida precisa continuar. Temos nosso conselho bem estabelecido. Como sócias, trabalhamos juntas desde 2015. Para além de irmãs e amigas, também somos sócias. E meu pai pavimentou esse caminho. Ele se atentou a essa necessidade de nos preparar muito antes de partir.

Como assim? Lembro de quando meus pés nem alcançavam o chão, mas ele já me fazia algumas perguntas que hoje eu sei que tem a ver com ele me preparando para quando ele não estivesse aqui. E tivemos conversas diretas sobre ele querendo falar de quando não estivesse mais aqui, mas saía todo mundo chorando, ninguém queria pensar nisso. Até que começamos a passar por situações da vida que nos levaram a falar: “Não, vamos aprender a nos organizar e a tomar decisão como sócias”, assim. E daí óbvio que era ele o decisor final, mas a gente sempre levava as coisas muito mais discutidas e mastigadas, então, foi uma coisa construída e amadurecida ao longo de dez anos. Então, é uma honra e uma responsabilidade levar esse legado para frente, para continuar servindo o nosso país, nossa população, levando alegria, levando tudo o que a gente aprendeu com ele, os valores e princípios. E que a gente possa continuar impactando as futuras gerações.

Muito se especula sobre a relação de vocês todas como seis irmãs. Como foi a construção dessa relação ao longo da vida? Quanto mais velhas fomos ficando, mais unidas nos tornamos. Amamos estar juntas, somos todas diferentes, nós discutimos, mas todas temos os mesmos valores, princípios e objetivos. Então, a gente se complementa. O pessoal gosta de comentar coisas na internet, mas, por causa de agenda, todo mundo tem seus compromissos, é muito difícil reunir todo mundo às vezes. Mas amamos estar junto. Temos uma relação de irmãs, amigas e sócias.

Continua após a publicidade

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

  • Tela Plana para novidades da TV e do streaming
  • O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
  • Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
  • Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial
Publicidade

About admin