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Bruno Gagliasso revive drama de líder estudantil morto na ditadura militar

Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e um dos símbolos de resistência contra o regime militar, Honestino Guimarães foi preso em 1973, aos 26 anos, e nunca mais foi visto. Cinquenta e dois anos depois, sua trajetória é narrada em Honestino, documentário dirigido por Aurélio Michiles, amigo pessoal do líder estudantil. O filme estreia na quinta-feira, 9, no Festival do Rio, com produção de Nilson Rodrigues, e combina entrevistas, imagens de arquivos e cenas ficcionais protagonizadas por Bruno Gagliasso

“Honestino foi sequestrado e assassinado, deixando essa dor para a família e para a sociedade brasileira, além de uma mácula na democracia. Trazer sua história à luz é responder os desafios de agora”, afirma Michiles à coluna GENTE. Para o diretor, o atual cenário político foi determinante para colocar o projeto em prática. “A arte tem essa capacidade de parecer coincidência. Na verdade, somos mobilizados pela atmosfera em que estamos imersos. Essa história já fazia parte do meu horizonte, mas não sabia como contá-la. Faltava exatamente esse momento em que vimos pessoas acampando em frente a quarteis, pedindo a volta da ditadura”.

Intérprete de Honestino, Gagliasso recebeu o convite pouco depois de atuar em Marighella (2019), experiência que, segundo ele, o ajudou a se preparar para o novo papel. “O tema estava muito recente para mim, pois estudei bastante sobre o golpe de 1964. É uma história que precisava ser contada para todo o país, sobretudo aos mais jovens. Honestino passou em primeiro lugar na universidade, tinha um futuro promissor”, diz o ator de 42 anos, que brinca sobre ter encarnado alguém 16 anos mais jovem: “Tive que dar um trato na cabeleira grisalha, mas ainda bem que o colágeno é bom”.

Além de Gagliasso , o longa ainda reúne depoimentos de familiares, amigos, políticos e militantes, como Almino Afonso, Jorge Bodanzky, Franklin Martins e Betty Almeida, que escreveu a biografia do líder estudantil.

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