Quando não está reluzindo em um corset Mugler sob luzes de palco, Dua Lipa experimenta a geografia do mundo através das roupas. Em Paris, se drapeia em Chanel; na Sicília, deixa o sol desenhar no corpo um biquíni mínimo; em Ibiza, soprou velas em look Jacquemus. Mas foi no Brasil — esse território onde a moda tem cheiro de sal, suor, churrasco e cerveja gelada — que a britânica abraçou a tendência Brazilcore.
A cena da vez aconteceu no tradicional Braseiro da Gávea, no Rio de Janeiro. Para uma noite de picanha e cerveja gelada com amigos, a cantora deixou o glamour de lado e entrou no jogo com um vestido de oncinha da Maison Margiela, que mais parecia ter saído de um baile funk sofisticado. Tudo coroado por sua assinatura de sempre: silhueta marcada, e, claro, o robusto anel de noivado Tiffany & Co., que a acompanha em cada latitude.
Mas a imersão não parou por aí. Em São Paulo, Dua virou quase embaixadora turística da estética Brazilcore — aquela mistura de esportivo, tropical e atrevido que o mundo tenta copiar, mas só ganha verdade no asfalto quente daqui. No festival Circoloco, ela surgiu de jaqueta esportiva adidas em amarelo, verde e azul, praticamente uma bandeira ambulante. Dias antes, deixou que a cidade a conduzisse para uma noite com passistas, quando apareceu em um slip dress de oncinha transparente e saltos vermelhos Le Silla, combinando com o ritmo brasileiro.
Com shows esgotados no Rio e uma rota de verão sul-americano pela frente, a cantora deve seguir testando looks de palco e de rua em clima tropical. Aqui, onde a tendência fashion tem cara de festa, suor e liberdade, Dua entendeu rápido: vestir-se como local é vestir-se para viver. E amos combinar que, entre amigos, música alta, churrasco e cerveja, ela está vivendo.
