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Brasil vai à OMC, critica o tarifaço e faz um alerta

O governo brasileiro se manifestou contra o tarifaço de Donald Trump e criticou nesta quarta-feira, 23, durante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, as taxas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, classificando a medida como política e não apenas econômica.

Em discurso na reunião, o embaixador brasileiro Philip Fox-Drummond Gough afirmou que negociações conduzidas por meio da imposição de tarifas podem levar à instabilidade e afetar negativamente a economia mundial, gerando aumentos nos preços e estagnação econômica, segundo reportagem do UOL.

A delegação brasileira indicou que, caso as negociações não avancem, poderá acionar formalmente o mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Além disso, o Itamaraty não descartou a adoção de medidas unilaterais previstas na Lei da Reciprocidade Comercial, recentemente aprovada no país.

A  lei foi criada para dar uma resposta formal ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora não cite especificamente os Estados Unidos e se aplique a medidas unilaterais adotadas por qualquer país ou bloco econômico contra produtos brasileiros.

Na prática, o decreto permite que o Brasil suspenda concessões comerciais, investimentos ou acordos ligados a direitos de propriedade intelectual sempre que outros países impuserem barreiras que afetem a competitividade nacional. A medida também prevê a possibilidade de aplicar taxas extras, tarifas ou outras restrições, tanto de forma emergencial quanto definitiva.

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Para coordenar a reação brasileira, o governo criou o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. O grupo é liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com participação da Casa Civil, da Fazenda e do Itamaraty.

Na reunião da OMC, Rússia e China manifestaram apoio ao posicionamento do Brasil.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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