Em dezembro de 2025, o Brasil contabiliza mais de 1,5 milhão de pessoas respondendo criminalmente a algum processo de prisão no Brasil. Deste total, há 755.000 cidadãos efetivamente presos em regime fechado ou semiaberto. Os dados foram levantados por VEJA junto aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), do CNJ, são 448.000 presos cumprindo penas definitivas, 293.000 detidos em caráter provisório ou preventivo e 368.000 que, na mira da Justiça, estão sob medidas cautelares enquanto respondem aos julgamentos em liberdade. Existem, ainda, mais de 285.000 procurados pelas autoridades e outras 1.451 que escaparam do sistema prisional e estão foragidos.
O total de presos salta para mais de 938.000 ao considerar os regimes fechado, semiaberto e domiciliar, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça. O exorbitante indicador logra ao Brasil o lamentável título de terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas de Estados Unidos (1,8 milhão) e China (1,7 milhão).
Maioria das prisões em aberto são por roubo, tráfico e assassinato
Em todo o ano de 2025, a polícia cumpriu 373.000 mandados de prisão ou internação — outros 143.000 estão pendentes de cumprimento, segundo os dados do CNJ. Entre as ordens de prisão que não foram executadas — isto é, os alvos seguem procurados ou foragidos –, a maioria dos casos envolve roubo (50.717), tráfico de drogas (48.682) ou homicídio (34.452).
